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Morte de Dario Fo é um "choque". Perdeu-se dramaturgo "insubstituível"

O encenador Hélder Costa lamentou hoje a morte do escritor Dario Fo, Prémio Nobel da Literatura em 1997, considerando que o mundo perdeu um ator, um dramaturgo "insubstituível", que "vai fazer muita falta".

Morte de Dario Fo é um "choque". Perdeu-se dramaturgo "insubstituível"
Notícias ao Minuto

10:54 - 13/10/16 por Lusa

Cultura Dario Fo

"A morte de Dario Fo é um choque, não só para quem admira o teatro, a cultura, o conhecimento, mas principalmente para quem trabalhou a obra dele. Eu estreei o Dário Fo em Portugal com 'A Morte Acidental de um Anarquista' e depois com a mesma peça estreei Fo no Brasil", contou á agência Lusa o encenador.

Hélder Costa, que conheceu Dario Fo e a mulher há uns anos em Paris (França), na Universidade de Sorbonne, salientou que o encenador italiano "vai continuar a fazer muita falta".

"Ele considerava-se uma espécie de sucessor dos renascentistas. Era ator, dramaturgo, cenógrafo, encenador, por isso, ganhou até um Prémio Nobel, que algumas pessoas não gostaram muito", recordou.

De acordo com o encenador, ator e escritor, Dario Fo mereceu o prémio Nobel da Literatura.

"Há pessoas que são insubstituíveis, como é o caso dele, um caso especial, de qualidade de determinação cívica. Estava sempre atento a todos os problemas que se passavam em Itália e no mundo", sublinhou, lembrando as "célebres sátiras à igreja e a Sílvio Berlusconi.

"Conheci o Dário Fo em Paris, na Sorbonne, onde fez conferências. Era um homem fascinante, ele e a mulher eram uma parelha fantástica, inteligente, atenta a todas as questões", concluiu.

Dario Fo, Prémio Nobel da Literatura em 1997, morreu hoje aos 90 anos.

O escritor e dramaturgo, que morreu precisamente no dia em que está prevista a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 2016, estava internado num hospital de Milão há alguns dias, devido a problemas respiratórios, avançaram os média italianos, citados pela agência espanhola Efe.

Escritor mas também ator, Dário Fo ganhou notoriedade internacional em 1969 com 'O Mistério Bufo', uma epopeia dos oprimidos inspirada na cultura medieval.

Autor de 'A Morte Acidental de um Anarquista', 'A Marijuana da Mamã é a Melhor', 'Casal Livre' ou 'Não Devemos Pagar', Dario Fo foi um batalhador e instigador de uma rebelião contra os poderosos e os hipócritas.

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