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Dois tocadores de Kora, Galissá e Diabaté em Lisboa

Numa só semana, dois tocadores de kora apresentam-se em Lisboa, mostrando a complexidade deste ancestral instrumento africano: o guineense José Galissá estará hoje no CCB e o maliano Toumani Diabaté atua sexta-feira na Culturgest.

Dois tocadores de Kora, Galissá e Diabaté em Lisboa
Notícias ao Minuto

11:23 - 31/01/15 por Lusa

Cultura Culturgest

José Galissá, tocador guineense radicado em Portugal, protagoniza hoje uma atuação no Centro Cultural de Belém, destinada em particular ao público mais novo, para lhes mostrar a kora, "um instrumento único e peculiar", com mais de vinte cordas, e que existe em países como Guiné-Bissau, Mali, Senegal e Burkina Faso.

Na sessão de hoje, no CCB, será ainda exibido o documentário "Kora", do realizador Jorge Correia Carvalho.

Antes de vir para Portugal, onde se fixou em 1998, Galissá compôs para o Ballet Nacional da Guiné-Bissau e foi professor de kora, instrumento que aprendeu a tocar com o pai.

Na página oficial na Internet, José Galissá explica, aliás, que nasceu numa família mandinga, uma das etnias da Guiné-Bissau. Galissá "é o nome de uma família de 'djidius' [músicos] que tocam kora. Além dos Galissa há os Diabaté, Kouyaté, os Sissokhos".

Precisamente dos Diabaté, do Mali, na sexta-feira, apresenta-se em Lisboa, no Grande Auditório da Culturgest, o tocador Toumani Diabaté, num regresso a Portugal, acompanhado pelo filho Mamadou Sidiki Diabaté.

Pai e filho gravaram juntos um álbum, dedicado à kora, intitulado "Toumani & Sidiki", descrito pela crítica como um dos mais belos de 2014.

Toumani Diabaté é um dos mais conhecidos divulgadores deste instrumento fora de África. Conhecido como o "príncipe da kora", trabalhou com o guitarrista Ali Farka Touré e gravou discos como "The Mandé Variations", registado no Hotel de Bamaco, e "Boulevard de l'Indépendance", com a Symmetric Orchestra.

Tal como Galissá, Diabaté também nasceu no seio de uma família de "griots", contadores de histórias ancestrais da África Ocidental.

O pai, chamado Sidiki Diabaté (o nome que deu ao seu filho), era considerado o "rei" desta harpa africana e gravou em 1970 aquele que é considerado "o primeiro de todos os álbuns de kora, o clássico 'Mali: Ancient Strings'", sustenta a Culturgest na programação.

Toumani Diabaté, que já atuou várias vezes em Portugal, diz pertencer a uma linhagem de 71 gerações de tocadores de kora, numa aprendizagem feita de muita prática e improvisação, e que passa de pai para filho.

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