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"Costa tem muitas promessas. Promete tudo"

Luís Marques Mendes traçou, este sábado, os pontos positivos e negativos do Partido Socialista de António Costa.

"Costa tem muitas promessas. Promete tudo"
Notícias ao Minuto

23:45 - 23/05/15 por Patrícia Martins Carvalho

Política Comentadores

Na antena da SIC, Luís Marques Mendes começou por enumerar aqueles que são, na sua opinião, os três pontos positivos do Partido Socialista e do seu programa de governo.

Assim, o antigo líder do PSD considera que nas últimas semanas o PS “reganhou iniciativa política: primeiro com a proposta dos economistas e agora com o pré-programa e depois no dia 6 com o programa de governo definitivo”.

Este é um aspeto positivo porque, explica, em “política é sempre melhor agir do que reagir e desta forma colocou a coligação à defesa”.

Como segundo ponto positivo, Marques Mendes aponta o “recuo em matérias radicais e insensatas”.

“A reestruturação da dívida caiu, repor as freguesias extintas ou fundidas caiu. [Antes falava em] acabar com o mapa judiciário agora só se fala em rever. Significa que há medida que se aproxima do poder vem o bom senso ao de cima”, refere.

Por fim, o último ponto positivo está relacionado com o pacto de obras públicas. “O PS veio propor que só possam ser feitas grandes obras públicas depois de um acordo de dois terços no Parlamento, isto é, entre quem está no Governo e quem está na oposição”.

Para Marques Mendes está é uma decisão “muito boa” que “nunca se fez até hoje”.

Depois dos aspetos positivos, o comentador elencou os negativos e começou por referir a “confusão na cabeça das pessoas” que as propostas de António Costa podem gerar.

“Já tivemos, pelo menos, três documentos: a agenda para a década, a proposta dos economistas e agora este pré-programa e ainda vamos ter um quarto que é o programa definitivo. Por exemplo, a TSU já ninguém sabe muito bem se cai ou se não cai”, explica.

Nesta senda, Marques Mendes refere que António Costa “tem muitas promessas, promete tudo”.

“É no IVA da restauração, no IRS, nos salários dos funcionários públicos, na TSU, nos feriados… é em todo o lado e depois quando a esmola é grande o povo desconfia. Se não há dinheiro como é que se promete tanto? Ele tem de prometer menos, não estamos em tempos de facilidades”, avisa.

A concluir, Marques Mendes considerou que o “aspeto mais perigoso do programa [do PS] é o facto de querer ir buscar 1,4 milhões de euros ao fundo de estabilização financeira da Segurança Social – que é dinheiro para sustentar as pensões se houver algum dia alguma falha – para aplicar na reabilitação urbana”.

“É um perigo político e sobretudo um perigo para a Segurança Social O dinheiro das pensões é das pensões. Não há nenhum ministro desta área, seja de que partido for, que possa sustentar esta ideia”, concluiu.

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