"Precisamos de um novo governo. Esse é o resgate que falta"
Passados quase três anos desde a entrada da palavra ‘austeridade’ no vocabulário quotidiano, João Galamba relembra, no seu espaço de comentário no Diário Económico, os momentos em que essa mesma austeridade foi resgatada, evitando os “efeitos negativos da ação governativa da maioria”. Aconteceu em 2012, em 2013, em 2014 e vai acontecer em 2015, defende, destacando que “o resgate que falta é um novo governo”.
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Política João Galamba
Primeiro o BCE, em 2012, que “conseguiu fabricar a confiança que alegadamente viria de doses sucessivas de austeridade”, depois o Tribunal Constitucional (TC) que, em 2013 e 2015, resgatou a austeridade “das suas próprias contradições ao obrigar o Governo a recuar no volume de austeridade que tinha planeado”.
Agora, e já em 2015, “a estratégia de austeridade vai ser novamente resgatada, desta vez por causa do preço do petróleo”.
Os exemplos são dados por João Galamba que, no seu espaço de comentário semanal no Diário Económico, mostra que tanto o BCE, como o TC e agora a queda do petróleo “são boas notícias, que nos protegem dos efeitos negativos da ação governativa da maioria”.
“Com o petróleo a este preço [60 dólares por barril], o cenário macroeconómico constante do Orçamento para 2015 pode muito bem ser cumprido, não porque esse cenário fosse realista, não porque a política do Governo vá ter resultados melhores do que eram previstos, mas porque, por razões totalmente alheias ao que se passa em Portugal, e sem qualquer relação com a ação do Governo, o custo da nossa principal importação sofreu um corte drástico”, escreveu o deputado.
Para Galamba, “2015 vai ser um ano em que todas as notícias para os portugueses existirão apesar da ação do Governo, jamais por causa desta”. “Precisamos de eleições e de um novo governo. Esse é o resgate que falta”, concluiu.
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