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Portas critica "assombração" socrática levantada por PS

O vice-primeiro-ministro defendeu hoje que o Orçamento para 2015 não é "anti-troika", mas "é diferente" do "ciclo da troika", e atacou o PS por não rever o passado e trazer a "assombração" Sócrates para o debate.

Portas critica "assombração" socrática levantada por PS
Notícias ao Minuto

15:27 - 31/10/14 por Lusa

Política Vice-primeiro-ministro

"Ouvimos ontem a oposição dizer que este Orçamento é mais do mesmo. Ninguém no seu são juízo esperaria que o primeiro Orçamento depois da ´troika' fosse um Orçamento anti-troika, não estamos para aventuras. Mas bem pode a oposição evoluir no discurso, o primeiro Orçamento depois da ´troika' é diferente dos orçamentos do ciclo da troika", afirmou Paulo Portas.

No encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado (OE) para 2015, o vice-primeiro-ministro atacou o PS por não rever "o seu passado" e apontou para "a assombração" trazida ao debate pelo líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, que hoje elogiou o antigo-primeiro-ministro José Sócrates.

Portas afirmou que "a questão do passado andou por este debate" considerando que "se fosse uma querela sobre o passado, teria apenas um valor residual".

"Sucede que a frase que marcou este debate, a do respeitável deputado Viera da Silva, que garantiu para incredulidade geral - diria mesmo, para pasmo geral -, que o Governo socialista fez tudo para evitar a intervenção estrangeira, recolocou a questão do passado num ponto de maior interesse. O problema do passado do PS ainda é e continuará a ser o problema do futuro do PS".

"Refiro-me a ideia de legado expressa pelo respeitável deputado viera da silva, não estou sequer a referir-me, porque me encontro ainda em estado de choque com a assombração trazida hoje pelo respeitável deputado Ferro Rodrigues", sublinhou Portas sobre a referência do líder parlamentar socialista a José Sócrates.

O vice-primeiro-ministro insistiu na ideia de que "o debate teria sido diferente, se em vez de um PS em negação, e até aclamação, aparecesse um PS com sentido crítico", argumentando que a preço que os socialistas pagarão se não quiserem rever "o seu passado" e darem "sinais de prudência orçamental" será o de serem sempre suspeitos de "querer repetir a receita e a desgraça" e de assustarem a classe média.

Apontando diretamente a António Costa, Portas disse que apesar de uma vitória nas primárias socialistas que "não é desprezível", a "ideia de pretender que o mero facto de ser eleito provoca eleições e o dispensa de dizer ao que vem, o que pensa, que problemas revolve e como", tem um "lado de autossuficiência" que não é compatível com uma "democracia moderna" nem com a chamada "ética republicana".

Paulo Portas defendeu que, "com prudência, mas intensidade, este Orçamento devolve mais rendimento a mais pessoas, reduz impostos a mais famílias, e dá mais hipóteses aos jovens, empresas e economia".

"O caminho faz-se andando, a situação de Portugal está longe de ser a ideal, mas está melhor do que ontem, e se fizermos as coisas certas, amanhã estará hoje pior do que estará amanha", sustentou.

O vice-primeiro-ministro reiterou a ideia segundo a qual "esta maioria e este governo não foram responsáveis pelo resgate, não decidiram o memorando, não chamaram a ´troika', não causaram a recessão".

"E não tinham alternativa a pedir sacrifícios, tal o pesadelo que vocês deixaram. Esta maioria e este governo chegam ao primeiro Orçamento depois do protetorado com a cabeça erguida, com sentido de missão cumprida, e sem traço de medo das vossas críticas e ameaças, lembrando com autoridade ao maior partido da oposição, que o problema foi criado por vós, a solução foi encontrada e durante paga pelos portugueses", declarou.

O vice-primeiro-ministro sublinhou a descida do desemprego para 13,6% revelada hoje pelo Eurostat e, perante o ruído que se gerou nas bancadas da oposição, questionou: "Incomoda-vos a descida do desemprego? A mim, não me incomoda nada a criação de emprego".

Para Portas, "é assinalável que a economia portuguesa esteja a criar emprego" e citando o antigo presidente do CDS Adriano Moreira, que disse que é preciso pão sobre a mesa e trabalho para os portugueses, concluiu que "a economia portuguesa está a gerar mais pão na mesa".

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