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Nova geração "pode ajudar a acelerar a transformação empresarial"
O dirigente socialista António Costa defendeu hoje que o aproveitamento da geração mais jovem e "mais qualificada" é um fator essencial para acelerar a necessária modernização do tecido empresarial nacional num quadro global de competição crescente.
© Global Imagens
Política PS
António Costa, candidato socialista nas eleições primárias de 28 de setembro, falava na abertura de um jantar com jovens empresários, numa intervenção em que salientou a importância das apostas na inovação, na formação e na qualificação, mas também na coesão social como fator de correção dos dualismos gerados pela economia.
"Temos de dedicar a nossa atenção aos problemas centrais que têm asfixiado a capacidade de Portugal crescer, porque o país adaptou-se mal ao triplo choque competitivo que sofreu no início do século na sequência da adesão ao euro, do alargamento europeu a leste e com a nova era da globalização", começou por apontar o presidente da Câmara de Lisboa.
Na atual conjuntura, de acordo com Costa, Portugal não pode competir "com uma estratégia de empobrecimento", mas, somente, se adotar "uma estratégia de aposta na inovação tecnológica e na qualificação".
"Em Portugal, pela primeira vez, temos uma geração que superou o maior défice nacional, um défice ancestral, que é o das qualificações. Esse défice constituiu a causa do bloqueamento do país, quer de recursos humanos, quer em termos de capacidade de gestão e de iniciativa. Haver uma nova geração com capacidade para investir, criar e gerir é uma oportunidade decisiva", sustentou o autarca de Lisboa.
Neste contexto, Costa advogou que a prioridade das políticas de emprego tem de passar obrigatoriamente por conseguir "aproveitar a nova geração".
"Esta nova geração não se limita a criar emprego para os próprios, não se limita a ser um fator de aproveitamento de um capital humano que corremos o risco de desaproveitar. É precisamente este capital humano que pode ajudar a acelerar a transformação do nosso próprio tecido empresarial", frisou.
Na primeira intervenção, João Vasconcelos, diretor executivo da Startup Lisboa e que foi assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates, disse que no jantar estavam presentes no jantar cerca de três centenas de jovens empresários, provenientes de várias partes do território nacional e de quase todos os setores de atividade.
"Vocês são a primeira geração de empresários que condena em absoluto a evasão fiscal e que tem vergonha do atual valor do salário mínimo nacional", disse João Vasconcelos.
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