Palavra do Ano: 'Brexit', 'Geringonça' e 'racismo' entre as candidatas
A votação online para a escolha da Palavra do Ano, a partir de uma lista de dez vocábulos, inicia-se hoje, anunciou a Porto Editora que lançou esta iniciativa em 2009.
© Lusa
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'Bexit', 'campeão', 'empoderamento', 'gerigonça', 'Humanista', 'microcefalia', 'parentalidade', 'presidente', 'turismo' e 'racismo' são as palavras à escolha dos cibernautas até 'ao último minuto do dia 31 de dezembro', disse à agência Lusa fonte da Porto Editora.
A palavra vencedora será conhecida 'na primeira semana de janeiro' próximo, numa cerimónia pública.
'Brexit' é uma palavra que surgiu associada à saída do Reino Unido da União Europeia, em resultado do referendo realizado naquele país, em junho último, explicou a mesma fonte.
Pela primeira vez, Portugal tornou-se campeão europeu de futebol, em julho passado, ao vencer a França, em Paris, na final da 15.ª edição do campeonato da UEFA, 'o que justificou a escolha do termo 'campeão''.
O termo 'empoderamento' passou 'a ser usado com maior frequência para designar formas de obter mais controlo sobre a própria vida, através da conquista de direitos civis, independência ou equidade de géneros', explicou.
Quanto ao termo 'geringonça', tem origem numa reação do antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas, à formação do atual Governo, liderado por António Costa, e passou a ser usado para designar a maioria de esquerda no parlamento (PS/Bloco de Esquerda/PCP e Partido Ecologista 'Os Verdes'), que apoia o executivo.
'Humanista' foi, segundo a Porto Editora, 'um dos adjetivos mais utilizados para qualificar António Guterres durante o processo de seleção que o levou ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas', do qual tomará posse no dia 01 de janeiro próximo.
O termo 'Microcefalia' tornou-se mais conhecido devido à pandemia registada este ano, em alguns Estados sul-americanos, principalmente no Brasil.
'O risco da ocorrência desta condição patológica durante a gravidez, surgiu associado ao vírus zica, transmitido pelo mosquito Aedes', que aconteceu naquela região do globo.
'Tema frequente ao longo do ano' foi 'parentalidade', que 'aborda o conjunto de atividades desenvolvidas pelos educadores com vista a um melhor desenvolvimento das crianças'.
'Presidente', este cargo, 'tornou-se muito frequente nas notícias', desde que Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse como Presidente da República, no passado dia 19 de março, adianta a Porto Editora.
'Os excelentes resultados da indústria do turismo têm um impacto positivo na economia do país, mas esta realidade abriu o debate em termos de sustentabilidade e qualidade de vida nas grandes cidades', e daí também a escolha do termo 'turismo' para votação.
Finalmente, surge a palavra 'racismo', segundo a Porto Editora, porque, 'de forma preocupantemente crescente, têm-se multiplicado atitudes e manifestações de racismo um pouco por todo o mundo, com particular incidência na Europa, mas também nos Estados Unidos'.
A escolha da Palavra do Ano iniciou-se em maio, em Portugal e, pela primeira vez, em Angola e Moçambique, acolhendo sugestões de cibernautas, nos três países, num processo que passa sobretudo pelo estudo da frequência e distribuição do uso das palavras, da monitorização da comunicação social e das redes sociais e, ainda, dos acessos e consultas aos dicionários digitais da Porto Editora.
A eleição da Palavra do Ano, na sua oitava edição, 'já faz parte do calendário dos portugueses, tal a curiosidade que desperta e a participação crescente nas votações, na ordem das dezenas de milhares, apesar de se fazer exclusivamente 'online'', disse à Lusa fonte da editora.
No ano passado, segundo a Porto Editora, registou-se uma participação superior a 20.000 cibernautas.
As palavras eleitas nas edições anteriores foram 'esmiuçar' (2009), 'vuvuzela' (2010), 'austeridade' (2011), 'entroikado' (2012), 'bombeiro' (2013), 'corrupção' (2014) e 'refugiado' (2015).
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