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Estudantes cabo-verdianos com problemas nas bolsas

A Associação de Estudantes Cabo-Verdianos em Coimbra (AECVC) denunciou hoje que os estudantes têm problemas com a receção de bolsa e em conseguir trabalho legal em Portugal.

Estudantes cabo-verdianos com problemas nas bolsas
Notícias ao Minuto

15:41 - 30/03/15 por Lusa

País Coimbra

Questionada pela agência Lusa, a presidente da AECVC, Élida Brito, afirmou que os estudantes cabo-verdianos deparam-se todos os anos com problemas no "processo de atribuição de bolsas" e, para aqueles que não têm bolsa, é difícil conseguir uma autorização de trabalho, aceitando, por vezes, "trabalho fora do quadro legal".

Os estudantes, quando entram numa universidade em Portugal, chegam a estar "dois meses à espera de começar a receber a bolsa", havendo situações difíceis, como o caso de um cabo-verdiano que chegou ao país "apenas com 20 euros no bolso", disse a estudante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, à margem de um encontro de alunos com o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

"Como é que esse estudante vai viver durante os dois meses em que espera pela bolsa", perguntou.

Para além dessa situação, os estudantes cabo-verdianos que não têm bolsa, como é o caso de Élida Brito, "não têm autorização para trabalhar", acabando por aceitar trabalhos precários e à margem da lei.

"Tem de haver uma forma de acabar com isso. Há muitos estudantes a precisar de trabalhar, enquanto estudam", acrescentou, dizendo que ela própria chegou a aceitar um trabalho em que recebia oito euros por 12 horas de trabalho.

Durante o encontro com o Presidente da República, que decorreu no Teatro Paulo Quintela da Universidade de Coimbra, vários estudantes criticaram, além de estarem dois meses à espera da bolsa, a irregularidade na sua entrega mensal.

"É necessário colocar uma data fixa para sabermos quando recebemos a bolsa", referiu Any Keila, aluna de primeiro ano, contando que a atual situação leva a atrasos no pagamento da renda e outras despesas.

Jorge Carlos Fonseca ouviu as críticas e afirmou que vai expor a situação ao Governo, não podendo, contudo, prometer que esta será resolvida.

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