Famílias portuguesas levantam valor recorde de depósitos
Em Setembro, as famílias portuguesas levantaram 725 milhões de euros dos seus depósitos a prazo, o que corresponde à maior retirada mensal desde Maio de 2009. Ao Diário Económico, um especialista do sector fala no início de uma inversão da tendência e explica a corrida aos depósitos com as férias e o regresso às aulas.
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País Crise
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central Europeu (BCE), as famílias portuguesas levantaram, em Setembro, 725 milhões de euros dos seus depósitos a prazo, o que representa a maior retirada desde Maio de 2009, avança hoje o Diário Económico.
Um especialista do sector contactado pelo jornal acredita que esta acção pode traduzir-se no início de uma inversão da tendência, seja por necessidade de liquidez ou por procura de alternativas de investimento.
Quanto aos depósitos à ordem, os portugueses retiram 851 milhões de euros em Setembro, já depois de terem levantado mais de mil milhões em Agosto.
O mesmo perito sublinha que os meses em causa têm um efeito sazonal, ou seja, o efeito férias bem como o regresso às aulas, que para muitas famílias significa recorrer às poupanças.
No entanto, este fenómeno não se esgota em efeitos sazonais. “É um fenómeno contracorrente mas que não é de todo inesperado”, frisa o analista ao jornal, defendendo que “a tendência de crescimento de depósitos teria de inverter mais cedo ou mais tarde e acredito que vai abrandar”.
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