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Detetadas quase 150 transações financeiras suspeitas no Vaticano

A Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé informou hoje que em 2014 foram detetadas 147 transações financeiras suspeitas nas instituições do Vaticano, menos do que no ano anterior, quando foram identificadas 202.

Detetadas quase 150 transações financeiras suspeitas no Vaticano
Notícias ao Minuto

16:55 - 29/05/15 por Lusa

Mundo Igreja

No relatório anual hoje publicado, a entidade frisou que as finanças do Vaticano têm sido alvo de "um contínuo reforço do quadro normativo e institucional".

Esse esforço, segundo a AIF, pretendeu reforçar a regulamentação das instituições supervisionadas, aumentar a cooperação internacional e consolidar a prevenção e a luta contra atividades ilícitas.

Como tal, a diminuição de casos é "resultado do desempenho do quadro normativo das instituições e de uma substancial melhoria do desempenho operacional das entidades monitoradas em relação à prevenção do crime financeiro", refere a AIF no documento.

Entre os casos suspeitos detetados em 2014, sete foram transferidos para o Promotor de Justiça do Vaticano "para mais averiguações".

O relatório informou igualmente que o número de colaborações bilaterais entre a AIF e as autoridades estrangeiras homólogas têm vindo aumentar: quatro em 2012, 81 em 2013 e 113 em 2014.

"Este contínuo crescimento é resultado de um esforço sistemático por parte da AIF e de um forte compromisso da Santa Sé (...) para cooperar ativamente com outras jurisdições e prevenir as potenciais atividades financeiras ilícitas à escala global", afirmou o diretor do organismo, Tommaso di Ruzza.

Durante o primeiro trimestre de 2014, a AIF realizou a primeira inspeção ao Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como o Banco do Vaticano, com o objetivo de "verificar a eficácia das medidas adotadas para prevenir e lidar com o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo".

"A primeira inspeção [ao Banco do Vaticano] é uma importante consequência e um sinal concreto da eficácia do sistema contra a lavagem de capitais e da luta contra o financiamento do terrorismo que foi adotado pela Santa Sé", reforçou Tommaso di Ruzza.

A inspeção "não revelou a existência de qualquer falta no IOR", indicou o documento.

A Autoridade de Informação Financeira é o organismo que tem a responsabilidade de vigiar as movimentações financeiras da Santa Sé para prevenir eventuais atividades ilícitas.

A AIF foi instituída pelo papa Bento XVI em dezembro de 2010 e os seus estatutos foram aprovados pelo papa Francisco em novembro de 2013 com o objetivo de "estabelecer normas em matéria de transparência, vigilância e informação financeira".

Durante 2014, o organismo subscreveu acordos com a Argentina, Peru, Liechtenstein, Luxemburgo e França. No ano anterior, a AIF já tinha estabelecido protocolos com outros países, como Espanha e Estados Unidos.

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