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Secretário-geral da ONU prevê fim da violência para breve

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse hoje ao Conselho de Segurança que as negociações em curso no Médio Oriente poderão terminar em breve com a violência entre Israel e o Hamas em Gaza.

Secretário-geral da ONU prevê fim da violência para breve
Notícias ao Minuto

18:45 - 22/07/14 por Lusa

Mundo Gaza

"Espero e julgo que estas negociações vão produzir resultados e que os combates vão terminar num futuro muito próximo", sugeriu Ban Ki-moon numa intervenção por videoconferência a partir de Ramallah, a sede da Autoridade Palestiniana, onde hoje se deslocou no âmbito de uma vista à região destinada a pôr termo ao conflito.

Segundo aquele responsável, a proposta avançada pelo Egito mas até agora recusada pelo Hamas permanece "a perspetiva mais prometedora de cessar-fogo" e recordou que os atuais esforços, "apesar de muitos obstáculos e complexidades", contam com o apoio da Liga Árabe.

A intervenção do secretário-geral da ONU deu início ao debate sobre a situação no Médio Oriente no Conselho de Segurança da ONU, numa sessão onde deverão intervir cerca de 60 países.

Numa iniciativa paralela, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, que aterrou na noite de segunda-feira no Cairo, voltou a apelar hoje ao Hamas para aceitar a proposta de cessar-fogo egípcia, após duas semanas de conflito em Gaza e de uma ofensiva generalizada israelita que já provocou a morte de mais de 600 palestinianos, na grande maioria civis.

Kerry reiterou o apelo após um encontro com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, cujo governo avançou na semana passada com uma proposta de cessar-fogo, aceite em princípio por Israel mas rejeitada pelo Hamas.

A formação islamita palestiniana, que controla a Faixa de Gaza e integra um governo de "unidade nacional" com a Fatah do presidente Mahmud Abbas, colocou como condições para o cessar-fogo o fim do bloqueio israelita ao enclave, imposto desde 2006, a reabertura o posto fronteiriço de Rafah com o Egito e a libertação de centenas de palestinianos detidos nas prisões israelitas.

Na sequência da operação terrestre desencadeada na quinta-feira, Israel tem sugerido que pretende intensificar a sua operação militar em território palestiniano antes de um eventual cessar-fogo, exigido por diversos responsáveis internacionais.

"Numa primeira fase, não haverá cessar-fogo enquanto não concluirmos a destruição desses túneis, um dos objetivos desta operação", assegurou hoje a ministra da Justiça Tzipi Livni, considerada a "pomba" do governo do "falcão" Benjamin Netanyahu, numa referência aos túneis que o Hamas utiliza para se infiltrar em Israel ou abastecer uma população encurralada.

Com a morte de 27 soldados em cinco dias, Israel registou perdas significativas com o assalto das suas tropas terrestres a Gaza, o balanço mais pesado dos últimos oito anos.

Perto de 60.000 reservistas foram mobilizados para reforçar as fileiras dos jovens conscritos, que na sua maioria aguardam nos arredores do enclave o desenrolar das operações.

"A fina areia de Gaza poderá tornar-se em areia movediça para os soldados israelitas", alertava na sua edição de hoje o diário israelita Haaretz.

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