Rir da desgraça alheia não é defeito. É feitio
Pequenas quedas, trambolhões e tropeções, nódoas na camisa feitas durante a hora do almoço, canecas de café entornadas junto ao computador. As desgraças alheias são sempre motivo de riso, mas será isso um sinal de ruindade?
© Pixabay
Lifestyle Comportamento
Todas as pessoas riem das desgraças alheias, não as desgraças de grandes males, mas aquelas pequenas situações diárias como quedas. Este comportamento é comum, mas continua a ser alvo de reprovação por parte dos outros – em especial por parte de quem é motivo de ‘risota’.
Rir da desgraça alheia será um sinal de ruindade? Não. Ao El País, a psicanalista espanhola Monica Wuijano Sieber revela que as pessoas “sentem-se bem” com os percalços de terceiros devido a um “mecanismo de projeção inconsciente”, que permite “colocar os próprios medos na falha ou mal” de outra pessoa.
Contudo, este mecanismo não vem ‘por defeito’ nas pessoas. É uma questão de feitio, de personalidade e da forma como cada um encara o meio ambiente, estando, porém, mais associado a pessoas mais imaturas, com uma baixa-autoestima e que tendem a inferiorizar-se.
Porém, destaca a publicação, é importante saber distinguir este mecanismo da inveja sentida por outras pessoas. Afinal, aquelas que se riem da desgraça alheia não se riem dos grandes males (como o desemprego ou separação), mas sim de acontecimentos sem importância mas que deixaram os outros à mercê da falta de sorte.
Esta sensação de prazer perante a infelicidade de outra pessoa está relacionada com a competitividade, seja no futebol (quando o rival perde) ou no trabalho (quando se leva a melhor ou aquele colega insuportável escorrega junto ao frigorífico do refeitório).
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com