Atitude de PSD e CDS face a Bruxelas é "lamentável"
O primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, classificou hoje de "absolutamente lamentável" a atitude de PSD e CDS ao longo das negociações com a Comissão Europeia no âmbito do Orçamento do Estado para 2016.
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Economia António Costa
"Quanto ao PSD e ao CDS acho que a atitude foi absolutamente lamentável. Porque havendo uma negociação entre Portugal e a União Europeia só temos um lado onde estar, que é do lado de Portugal, não temos outro lado onde precisemos de estar", declarou António Costa numa sessão de esclarecimento do PS sobre o Orçamento do Estado para 2016, que decorreu no Porto.
Sobre as negociações com a Comissão Europeia, o primeiro-ministro realçou que foi possível "fazer esta discussão, salvaguardando aquilo que eram os compromissos fundamentais com os portugueses e todos os compromissos com os parceiros parlamentares", mas deixou a ressalva: "Se me pergunta se o orçamento estava melhor antes da intervenção da Comissão, ai isso estava".
"Acho que as divergências sobre os quadros de previsão são, aliás, tradicionais acontecerem e, no caso concreto, tiveram muito a ver com um facto essencial: as primeiras previsões surgiram sem ter em conta as medidas de crescimento que resultavam e estavam previstas no orçamento, enquanto as previsões que estavam no orçamento tinham em conta as medidas que induziam o crescimento e que constavam do próprio orçamento", disse o secretário-geral socialista perante uma plateia que incluía a secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, o ministro Matos Fernandes e vários autarcas do distrito.
António Costa acrescentou que "houve um segundo tipo de divergências que teve a ver com a forma como são classificadas determinadas despesas, sendo elas estruturais ou não sendo elas estruturais, e aquilo que ficou manifesto nesta discussão é que a Comissão Europeia, ou porque alguém a convenceu disso ou porque se enganou a ela própria, julgou serem definitivas medidas que sempre foram apresentadas a Portugal como sendo medidas de natureza temporária".
"A sobretaxa é o caso mais evidente, porque, como todos nos recordamos, ainda em setembro, a então ministra das Finanças e o então primeiro-ministro se propunham a devolver, já no ano passado, a sobretaxa paga no ano passado em função da excelência da execução orçamental. Ora, a Comissão Europeia afinal o que tinha lá registado é que os cortes eram para sempre e que a sobretaxa também tinha vindo para ficar para sempre", disse o governante.
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