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"Troika andou desatenta ao que acontecia no sistema financeiro"

O primeiro-ministro analisou a atual situação do Banif e acredita que esta poderia ter sido resolvida mais cedo.

"Troika andou desatenta ao que acontecia no sistema financeiro"
Notícias ao Minuto

09:03 - 25/12/15 por Notícias Ao Minuto

Economia António Costa

António Costa, em entrevista ao Jornal de Notícias, revelou que uma solução para o Banif tomada há três anos, quando a Direita estava a governar, “teria menos custos e outras condições”, já que agora o prazo era um motivo de pressão.

Contudo, e apesar de a resolução ter obrigado à existência de um Orçamento Retificativo, que não contou com o apoio Esquerda, o primeiro-ministro está convicto de que não haverá “qualquer ajuste no Orçamento para 2016”.

Caso Banif

Questionado sobre o facto de a sua decisão poder ter sido tomada por um Governo de Direita, o líder socialista foi perentório: “A diferença é que se tivesse sido há três anos, teria tido menos custos e outras condições”. “Foi resolvido em três semanas, em condições adversas, com custos pesados, que resultaram de adiamentos sucessivos, de soluções repetidamente rejeitadas pela União Europeia e do esgotamento do prazo”, esclareceu.

O primeiro-ministro assumiu que, mesmo tendo sido informado sobre o caso Banif, não teve noção de que “o caso tinha sido empurrado sem decisão”. Nesta senda, Costa esclareceu que o banco foi um dos motivos que o levou a dizer, em entrevista à TVI, que o antigo governo escondia uma “surpresa desagradável”.

Assim, o líder do Partido Socialista garante que o Governo irá colaborar com a Assembleia da República e com as autoridades para que seja apurada toda a verdade sobre o caso Banif, porém não confirma nem desmente a hipótese de se tratar de um caso de polícia. “Só as autoridades podem saber”, atira.

Ao ser recordado das propostas apresentadas pelo anterior governo em relação ao Banif, há cerca de três anos, António Costa acusa o comportamento da troika, realçando que esta preferiu focar-se em questões do Estado e não na banca.

“A troika andou excessivamente preocupada a procurar problemas no Estado, nas autarquias, nas freguesias e nas regiões, e bastante desatenta ao que acontecia no sistema financeiro”, relembrando que depois de concluído o processo de ajustamento já se ter assistiu a “duas resoluções bancárias”.

Orçamento de Estado para 2016

Os incidentes com que se deparou nos primeiros tempos de Governo não fazem António Costa recuar face aos compromissos e, na sua opinião, será possível cumprir o que foi prometido. “Tivemos um programa prudente e conservador, que pagámos eleitoralmente, mas que se revelou bastante sábio. Estamos a elaborar o Orçamento de Estado para 2016 cumprindo tudo aquilo que prometemos”, garante.

Mais ainda, o primeiro-ministro assume que, “fruto da negociação com o PCP e o Bloco”, haverá a possibilidade de “prosseguir de forma mais acelerada a eliminação da sobretaxa do IRS, a reposição dos vencimentos da Função Pública, a atualização do salário mínimo nacional, a reposição do abono de família, do complemento solidário para idosos e do rendimento social de inserção”, não esquecendo que foi criada uma “unidade de missão para capitalizar empresas”. 

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