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Queda do preço do petróleo ameaça abrandar o crescimento mundial

A queda dos preços do petróleo está a desequilibrar as economias dos países que mais dependem desta matéria-prima para sustentar os seus orçamentos estatais, agravando a ainda ténue recuperação depois da crise financeira de 2008.

Queda do preço do petróleo ameaça abrandar o crescimento mundial
Notícias ao Minuto

15:00 - 20/12/14 por Lusa

Economia Notícias

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no final de novembro, de manter os níveis de produção nos 30 milhões de barris por dia equivale a dizer que permite uma descida dos preços, dado que a oferta está a superar a procura.

A sobreprodução originada pelo fenómeno do petróleo e gás não convencional nos Estados Unidos, através de uma técnica conhecida como 'fracking', aliada a um crescimento mais suave da economia mundial e consequente abrandamento da procura, fizeram com que os preços descessem quase 40% desde o verão, descendo pela primeira vez abaixo dos 60 dólares nos últimos cinco anos em meados deste mês.

Para os países que mais dependem do petróleo para equilibrar os orçamentos, como Angola ou a Guiné Equatorial, o panorama não se afigura favorável para o próximo ano: "Se os governos não forem capazes de continuar a gastar para manter os miúdos fora das ruas eles vão voltar para as ruas, e podemos começar a ver manifestações e disrupções políticas", disse Paul Stevens, do departamento de energia, ambiente e recursos do 'think tank' britânico Chatham House.

Ao contrário de outras situações em que a produção supera as necessidades, desta vez alguns dos maiores produtores, como a Arábia Saudita, resolveram baixar os preços em vez de reduzir a produção, numa luta explícita pelo aumento da quota de mercado, principalmente na Ásia, e num contexto de mudança de paradigma no setor petrolífero.

Os Estados Unidos aumentaram a sua produção por via do petróleo de xisto, chegando praticamente ao nível da Arábia Saudita, o maior produtor mundial, e por causa disso reduziram as importações, nomeadamente de África, fazendo os produtores locais, entre eles Angola e Nigéria, 'virarem-se' para a Ásia.

Só que também na Ásia, como na Europa, a procura está a abrandar, ao contrário da produção, que continua a subir, e por isso as notícias sobre descontos 'por baixo da mesa' sucedem-se na imprensa financeira internacional, que dá conta de uma guerra mais ou menos explícita pelo aumento da quota de mercado dos maiores produtores mundiais.

O sentimento negativo do mercado está a alastrar-se também a outras áreas financeiras, fazendo temer que o crescimento ainda frágil da economia mundial, ainda no pós-crise financeira de 2008, possa ser colocado em perigo.

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