O administrador José Luís Oliveira da Silva afirmou à agência Lusa que o grupo, com sede em Alenquer, está a concluir um investimento de 4,5 milhões de euros numa adega moderna, com área de armazenamento, envelhecimento dos vinhos, escritórios e espaço para enoturismo e provas de vinhos, para reforçar a capacidade de produção e de comercialização.

"Temos uma adega que remonta aos anos 30 do século XX, onde nos anos 90 investimos em tecnologia, mas que se torna incompatível com o crescimento que estamos a ter", explicou o administrador, para justificar o investimento.

A Casa Santos Lima submeteu 3,5 milhões de euros do projeto a fundos comunitários, tendo recebido uma comparticipação de 35% desse valor.

Até ao final do ano, a empresa vai adquirir e fazer obras de adaptação nas antigas instalações do Instituto do Vinho e da Vinha, no Carregado, ainda no concelho de Alenquer, onde prevê investir entre 1,5 e 2 milhões de euros.

O espaço, com capacidade para armazenar 20 milhões de euros, vai aumentar a capacidade do grupo nessa área.

Em Tavira, no Parque Empresarial, está a investir 1,1 milhões de euros, dos quais 750 mil numa nova adega, que vai ficar concluída antes das vindimas de 2015, e 350 mil euros na plantação de vinha.

Entre os investimentos para 2015 constam ainda a plantação de uma vinha em terrenos junto ao aeroporto de Lisboa, numa parceria com a câmara municipal da capital, o lançamento de vinhos brancos e tintos alentejanos e ainda de um espumante.

A empresa, que está ligada à produção e comercialização de vinho desde finais do século XIX, fechou o ano de 2013 a faturar 16,5 milhões de euros, registando o "maior crescimento" de sempre, alcançado sobretudo no mercado externo, onde as vendas subiram 40% em alguns casos.

Mais de 90% dos vinhos vão para exportação, sendo os principais mercados a Suécia, Canadá, Bélgica, Noruega, Angola e Estados Unidos da América. Na Suécia, Noruega e Finlândia, é o maior fornecedor de vinho português.

Contudo, os seus vinhos já são comercializados em todos os continentes, entre eles o asiático. A China consome por ano 300 mil garrafas, cerca de 6% da produção, mas os vinhos também já chegam à Tailândia, Malásia e Singapura, além de Macau, onde a presença já remonta a 1998.

A empresa espera chegar ao final de 2014 com um aumento de 10% na faturação.

Com três empresas, emprega mais de uma centena de trabalhadores, possui entre 200 a 300 hectares de vinha em propriedades em Alenquer, Lousada e nas regiões do Algarve e do Douro e comercializa por ano mais de 11 milhões de garrafas.

Com várias dezenas de marcas no mercado, os seus vinhos chegam ao consumidor a partir dos 2,50 euros.

[Notícia corrigida às 12h52]