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Universidade analisa melão casca de carvalho nortenho para aumentar consumo

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro está a analisar as características únicas do melão casca de carvalho, produzido no norte do país, para potenciar o produto em Lisboa e no Algarve.

Universidade analisa melão casca de carvalho nortenho para aumentar consumo
Notícias ao Minuto

09:46 - 28/08/14 por Lusa

Economia Produtos

José Rocha Fernandes, grão-mestre da confraria que representa aquele fruto, explicou hoje à Lusa que o estudo científico incide sobre o que diferencia o melão casca de carvalho, nomeadamente o sabor picante e o gás natural.

De acordo com aquele responsável, os resultados do estudo permitirão esclarecer potenciais clientes de outras regiões, sobretudo do sul do país, mais habituados ao melão de Almeirim, de "características completamente diferentes".

O estudo será importante para as cozinhas dos hotéis e restaurantes de Lisboa e do Algarve, "zonas com grande potencial turístico", perceberem melhor as características únicas daquele tipo de melão, frisou.

"Quando aparece este melão em Lisboa ou no Algarve, algumas pessoas não o percebem e até pensam que está estragado", assinalou.

José Rocha Fernandes admitiu que o "casca de carvalho" pode ser considerado um produto 'gourmet', de preço elevado.

O facto de só poder ser colhido maduro e aguentar em boas condições apenas cerca de uma semana em frio determina o preço elevado do fruto, entre os quatro e os seis euros por quilo.

Além disso, dependendo das condições atmosféricas, apenas cerca de metade da produção é considerada de boa qualidade, o que afasta alguns produtores receosos da pouca rentabilidade.

Apesar das dificuldades, a Confraria do Melão Casca de Carvalho acredita que o produto, por ter uma elevada qualidade, tem potencial de crescimento e rentabilidade.

Por isso, explicou o grão-mestre, estão a ser estabelecidos contactos com o departamento de biotecnologia da Universidade do Porto para desenvolver uma embalagem que permita conservar o produto por mais tempo e transportá-lo em melhores condições.

O melão casca de carvalho tem três variedades distintas produzidas no Vale do Sousa, Vila Verde e Barcelos. Os seus maiores clientes são os restaurantes e hotéis da zona norte, sobretudo do Porto, para além dos "clientes mais exigentes e com possibilidades".

A maioria dos fruticultores é de pequena dimensão, com explorações com menos de dois hectares. Segundo a confraria, dedicam-se ao negócio cerca de 150 produtores.

Um dos maiores, na zona de Famalicão, tem cinco hectares, produzindo cerca de 50 toneladas por ano.

Mas são os pequenos produtores do Vale do Sousa que proporcionam os melões mais procurados.

José Magalhães, de Lousada, vende toda a produção - cerca de duas toneladas.

"Não consigo satisfazer as encomendas que tenho", contou à Lusa.

Apesar disso, admitiu que apenas 20% dos seus melões são de qualidade elevada e esses custam mais de quatro euros por quilo.

Os melhores clientes são a hotelaria e os particulares com mais poder económico", reconheceu.

Outro subproduto ligado ao melão casca de carvalho é as compotas que aproveitam os melões mais maduros. Recentemente, têm sido estabelecidos contactos com uma empresa especializada na produção e comercialização de compotas.

O aroma daquele fruto, por ser ter apreciado, tem sido procurado por empresas de produtos cosméticos.

Por estes dias, o melão casca de carvalho é um dos produtos mais apreciados na Feira Agrícola do Vale do Sousa (Agrival), em Penafiel.

Todos os anos, um júri especializado escolhe o melão de melhor qualidade.

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