West Sea vai contratar mais de 100 ex-trabalhadores dos ENVC
A União de Sindicatos de Viana do Castelo disse hoje à Lusa que o número total de ex-trabalhadores dos estaleiros navais a integrar os quadros da West Sea poderá ultrapassar a centena até final ano.
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Economia Sindicatos
"Nesta altura são cerca de 60 os ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) que já integram os quadros da West Sea com perspetivas de, a curto prazo, se concretizarem mais cerca a 60 contratações. Até final do ano o número total deverá ultrapassar a centena", adiantou Branco Viana, coordenador da estrutura sindical.
O sindicalista admitiu que nesta fase de arranque da empresa subconcessionária dos terrenos e infraestruturas dos ENVC a contratação dos antigos trabalhadores da empresa pública iria ser "muito reduzida" mas sublinhou que "os que já assinaram contrato estão com salários idênticos aos que tinha aquando da saída dos estaleiros".
"Sabíamos à partida que só a médio prazo se atingiria um número de contratações razoável. Para isso é preciso tempo e tudo está a caminhar-se para isso, desde os investimentos à recuperação de equipamentos, frisou Branco Viana.
De acordo com Branco Viana esta semana entrou um segundo navio para reparação pela West Sea, o que, no seu entender é "um bom sinal".
"Algumas pessoas tinham dúvidas se a West Sea ia alguma vez reparar ou construir algum navio. Já vai no segundo navio a reparar. É um dado positivo é preciso continuar e avançar com a construção naval", sustentou.
Se este último setor iniciar atividade o sindicalista está confiante que no próximo ano a empresa criada pelo grupo Martifer para gerir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos ENVC "poderá vir a contratar mais algumas centenas" de antigos trabalhadores da empresa pública ainda em fase de liquidação.
A West Sea assumiu a subconcessão dos ENVC a 02 de maio.
Em março passado, em declarações à Lusa, o presidente da West Sea, Carlos Martins, afirmou que o recrutamento, tendo em conta o "compromisso" de a empresa criar 400 postos de trabalho em Viana do Castelo, "vai acontecendo ao longo do tempo", dependendo das encomendas.
O responsável adiantou, na altura, que a prioridade de recrutamento imediata pela West Sea prende-se com a área da reparação naval, que previa poder avançar em maio.
Segundo a West Sea, além da construção e da reparação naval, o projeto para os estaleiros de Viana, que estão em processo de liquidação, está "muito voltado" para o mercado da prospeção de gás 'offshore'.
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