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É cego e vai ao futebol porque quer ser só mais um. A história de Wayne

Adepto do Arsenal prova que as dificuldades apenas são um impeditivo para quem as quer e defende que o desporto-rei pode ser uma forma de integração e de normalização da vida de uma pessoa com algum tipo de limitação.

É cego e vai ao futebol porque quer ser só mais um. A história de Wayne
Notícias ao Minuto

08:10 - 07/10/15 por Notícias Ao Minuto

Desporto Premier League

A BBC Radio 5 mostrou que as desigualdades podem muito bem ser a melhor forma de ultrapassar barreiras e uma fonte de esperança para todos aqueles que, pelo mais complicado ou mais elementar motivo, perdem o alento de viver.

Conhecido por Wayne Busbridge, este adepto do Arsenal não lamenta o facto de ser cego e está presente em vários jogos dos 'gunners' para apoiar o seu clube.

"Olá, sou o Wayne Busbridge, tenho 50 anos e vejo o Arsenal há 36 anos", começa por dizer o aficionado, num tom tão animado, que envergonha o mais ferrenho dos adeptos.

"Eu nasci parcialmente cego e perdi a minha visão há 13 anos atrás. Mas, quando eu podia ver um bocadinho, isso ajudava porque podia ver os 'close-ups' [plano de televisão com um enquadramento mais fechado] e os grandes golos. Eu desejei ter visto alguns dos jogos da época em que terminamos sem derrotas [03/04], porque fizemos alguns jogos brilhantes.

Mas como em todas as dificuldades nascem oportunidades, basta querer como Wayne o fez, este adepto britânico realçou a importância da rádio “pois ela descreve para os que não podem assistir aos jogos com pormenor [...], o que faz com que pareça estar a ver ao vivo. Eu posso debater o jogo tão bem como qualquer outra pessoa que o tenha visto".

No meio desta infelicidade que deitaria por terra qualquer pessoa, Wayne ainda brinca com o facto da mulher ser adepta do Liverpool e diz que esta está a corromper o seu cão-guia:

"A minha mulher é adepta do Liverpool – eu não sei o que há de errado com ela – e está a corromper o meu cão-guia ao dar-lhe um recipiente para beber do Liverpool", atirou em jeito irónico.

"Quando estou no estádio, eu nunca me sinto como se fosse cego, ou que as pessoas estão a olhar para mim, porque eles estão mais interessados no jogo e eu posso dizer todo o tipo de parvoíces tal como eles".

"Eu sinto-me parte da comunidade", terminou o fã do Arsenal, confirmando o pensamento de Stephen King, ao afirmar que "Uma criança, cega de nascença, só sabe de sua cegueira se alguém lhe conta".

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