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Falta de professores e materiais dificultam expansão do Português

A falta de professores de português e de materiais de apoio estão a dificultar a expansão da Língua portuguesa na Venezuela, avisou hoje o coordenador do Instituto Camões.

Falta de professores e materiais dificultam expansão do Português
Notícias ao Minuto

19:52 - 09/11/14 por Lusa

Cultura Venezuela

"Há na atualidade cerca de 100 professores de português, mas faltam professores e mais cursos" mas "também material para estudar, livros originais, consequência da situação que a Venezuela atualmente vive por causa da obtenção de divisas estrangeiras", disse Rainer Sousa.

O responsável falava para mais de uma centena de pessoas que participam num painel sobre a língua portuguesa no âmbito do II Congresso da Mulher Portuguesa na Venezuela, uma iniciativa da Associação da Mulher Migrante.

"Existem 33 instituições de língua portuguesa na Venezuela, com uma oferta de cursos em ambas variantes (portuguesa e brasileira). Na atualidade há cerca de 3500 alunos de português e ao contrário do que as pessoas possam pensar, a variante portuguesa é a que tem mais oferta e os estudantes têm a oportunidade de obter certificações oficiais, tanto venezuelanas, como portuguesas e brasileiras", disse.

Segundo Rainer Sousa, "do total de professores, apenas 10 têm habilitações académicas portuguesas e um número bastante significativo de docentes venezuelanos, com credencias venezuelanas, preferiu trabalhar no campo da tradução e interpretação, devido aos baixos salários no campo da docência".

Por outro lado, o responsável explicou que, entre as instituições mais destacadas que ensinam português, está a Universidade Central da Venezuela (UCV), a Universidade Bolivariana da Venezuela, o Centro Português de Caracas e o Instituto Cultural Brasil-Venezuela.

"Na Universidade de Carabobo a Cátedra José Saramago está inoperante por falta de especialistas na matéria, estando a decorrer negociações para abrir um diplomado online para formação de professores à distância, mas o processo tem sido extremamente burocrático e lento", disse.

No seu entender "há também um fator importante que é a falta de estímulo por parte dos cidadãos portugueses em valorizar a língua portuguesa junto dos seus descendentes".

Na Venezuela existem oficialmente 600 mil portugueses, número que a própria comunidade diz estar aquém da realidade insistindo que são mais de 1,5 milhões, incluindo os lusodescendentes.

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