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Moda anda por toda a cidade e vai chegar à Câmara do Porto

A moda anda hoje por todo o sítio no Porto, com o último dia do Portugal Fashion a multiplicar-se por edifícios icónicos da cidade e estando já previsto que desfiles da próxima edição cheguem à câmara da "invicta".

Moda anda por toda a cidade e vai chegar à Câmara do Porto
Notícias ao Minuto

07:13 - 26/10/14 por Lusa

Cultura Portugal

Do Conservatório de Música para a Alfândega do Porto, da Alfândega para o Mosteiro S. Bento da Vitória e de novo para a Alfândega do Porto: está a ser este o roteiro do dia de encerramento da 35.ª edição do Portugal Fashion, que pela primeira vez se dispersou pela cidade, depois do já tradicional arranque em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, João Rafael Koehler, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) - a entidade organizadora do evento - fez o balanço desta edição e avançou já uma novidade para a próxima estação: a chegada da passerelle do Portugal Fashion também à Câmara do Porto.

"[Destaco] uma conversa que tivemos com responsáveis autárquicos aqui do Porto quando nos disponibilizavam os Paços do Concelho para organizarmos um desfile de moda no próximo Portugal Fashion. Os Paços do Concelho representam a cidade e isso seria a verdadeira apropriação da cidade do evento Portugal Fashion e nós estamos muito satisfeitos com isso", adiantou.

João Rafael Koehler fez um balanço muito positivo desta dispersão dos desfiles por vários pontos do Porto - que diz só ter sido possível com "rapidez e algum dom de ubiquidade" - afirmando a intenção de repetir esta debandada de moda porque assim conseguem transpor o evento para toda a cidade.

O dia começou hoje mais cedo do que aquilo que é habitual e logo ao início da tarde Luís Buchinho apresentou a sua coleção para a próxima estação quente no longo e verde-água corredor do Conservatório de Música.

Antes do desfile, em declarações à agência Lusa, o criador confessou que já tinha passado várias vezes por aquele sítio e sempre se questionou sobre o que é que haveria lá dentro, recordando que quando foi levantado o mote para um desfile fora da Alfândega, este tinha sido um dos primeiros visitou.

"Quando entrei neste corredor achei que era assim a cereja no topo do bolo em relação à apresentação da coleção. Faz sentido que seja de dia, que seja branco e verde água e que seja um espaço comprido, que a música ecoe pelas paredes. Todo o ambiente tem muito a ver com o sentimento com o qual a coleção foi criada", descreveu.

Evidenciando que a equipa do Portugal Fashion tem "uma logística redobrada", Luís Buchinho defende que esta descentralização "dá uma energia redobrada ao evento porque cria o elemento surpresa", tendo a "dinâmica de moda a ver com isso: singularidade em todos os aspetos das apresentações" e por isso considera imperativo que esta seja uma aposta para continuar.

No Mosteiro S. Bento da Vitória a dose de moda nacional foi a dobrar, com as apresentações para a primavera/verão do próximo ano de Nuno Baltazar (que ao fim de oito anos regressou ao Portugal Fashion) e de Miguel Vieira.

Na opinião de Nuno Baltazar "faz muito sentido" esta aposta na dispersão dos desfiles por edifícios da cidade porque ganham todos: o evento, as coleções e o Porto.

O criador enaltece o facto de ser mostrados outros espaços, que muitas vezes não são muito conhecidos por parte do público em geral, garantindo que o Mosteiro S. Bento da Vitória foi a "primeira escolha".

Já Miguel Vieira disse à Lusa que "há muitos anos que conversava com o Portugal Fashion para fazer as coisas neste sentido", até porque em Paris e Milão já é assim.

"Gosto muito da Alfândega, mas era muito importante para nós termos locais que se identificassem com o próprio criador. Este mosteiro é a minha cara. É um mosteiro muito bonito, muito chique, onde há um ambiente perfeito para aquilo que eu quero apresentar na minha coleção", descreveu.

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