Diretor-executivo do grupo de cibersegurança NSO abandona o cargo
O diretor-executivo da NSO, fabricante do 'software' de espionagem Pegasus, abandonou hoje o cargo, assegurando que a sua saída não está relacionada com as recentes polémicas que envolveram esta empresa israelita de cibersegurança.
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A NSO viu-se exposta em 2021 por investigações divulgadas por um consórcio de 17 órgãos de comunicação social internacionais alegando que o Pegasus tinha permitido espiar os telefones de jornalistas, políticos -- incluindo chefes de Estado -, ativistas e dirigentes de empresas em diversos países.
E, na semana passada, a justiça israelita anunciou a abertura de um inquérito sobre a utilização do 'software' de espionagem pela polícia, na sequência de afirmações nesse sentido na imprensa local.
Em declarações à agência noticiosa francesa AFP, a NSO confirmou hoje a saída do seu diretor-executivo, Asher Levy, no cargo desde 2020.
"Mas não existe relação entre a minha saída e notícias recentes sobre a NSO", afirmou Levy numa declaração enviada à AFP pela empresa de cibersegurança sediada na periferia da metrópole económica Telavive.
Asher Levy precisou que, na altura, foi nomeado para o cargo pela Novlepina Capital, então um dos principais acionistas da NSO.
"Após uma mudança de propriedade e a transferência [das ações] para o fundo BRG (Berkeley Research Group), anunciei aos novos proprietários que considerava que era melhor para eles nomearem para a direção uma nova pessoa para os representar", acrescentou Levy.
Em novembro passado, Isaac Benbenisti, vice-presidente promovido a presidente do conselho de administração duas semanas antes, bateu com a porta devido a dificuldades do grupo nos Estados Unidos, o que levou o fundador da empresa, Shalev Hulio, a regressar ao seu cargo à frente da NSO.
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