"Confiar nos fornecedores chineses de 5G [quinta geração móvel] pode tornar os sistemas críticos dos nossos parceiros vulneráveis a interrupções, manipulação ou espionagem", alertou Esper numa conferência de imprensa, depois de participar numa reunião de dois dias dos ministros da Defesa da NATO.
"Isso poderia colocar em perigo as nossas comunicações, capacidades e, por extensão, as nossas alianças", acrescentou.
Para fazer face a esta situação, o chefe do Pentágono instou as "empresas tecnológicas aliadas e norte-americanas a desenvolver soluções alternativas de 5G".
Estas declarações acontecem no dia em que França anunciou que não iria excluir a chinesa Huawei do país, embora venha a impor restrições, seguindo a mesma tendência do Reino Unido.
A posição de Paris é mais um revés para os Estados Unidos, que têm usado a sua diplomacia para convencer os países, nomeadamente os aliados, a banir a tecnológica chinesa.
Os Estados Unidos baniram a Huawei do seu país acusando a empresa de espionagem, o que foi veementemente refutado pela tecnológica.
Na quarta-feira foi noticiado de que funcionários norte-americanos tinham referido que o Governo chinês teria acesso a uma "porta traseira" dos telemóveis da Huawei desenhadas para espionagem, o que a empresa chinesa refutou e classificou tratar-se de "cortina de fumo".
A União Europeia fez recomendações para fabricantes considerados de risco, mas até ao momento não baniu a Huawei de operar nos Estados-membros.