Caso Skripal: Portugal toma "boa nota" de expulsões sem assumir posição
No dia em que 14 Estados-membros da União Europeia, Estados Unidos e Canadá, anunciaram a expulsão de diplomatas russos, Portugal diz apenas que "toma boa nota" destas decisões, sem manifestar qualquer tomada de posição.
© Global Imagens
Política Oficial
Em comunicado enviado às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que "Portugal toma boa nota das decisões anunciadas hoje por vários Estados-membros da União Europeia, relativas à expulsão de diplomatas da Federação Russa neles acreditados".
Porém, o ministério liderado por Augusto Santos Silva não é claro quanto à efetiva tomada de posição de Portugal relativamente à possível expulsão de diplomatas russos do país.
Ao longo desta segunda-feira, recorde-se, os Estados Unidos, 14 países da União Europeia e ainda a Ucrânia, a Albânia e o Canadá anunciaram a expulsão de diplomatas russos, numa resposta concertada ao envenenamento com gás tóxico de um ex-espião russo.
Recorde-se ainda que o Reino Unido apontou Moscovo como o responsável pelo envenenamento do referido ex-espião Serguei Skripal e de sua filha, que ocorreu em 4 de março em Salisbury (sudoeste de Inglaterra), e que Moscovo, no entanto, desmente.
Um atentado que, refere ainda o comunicado, “Portugal condenou imediatamente” e que expressou, aliás, "com veemência a sua solidariedade com o Reino Unido”. Com efeito, o Ministério dos Negócios Estrangeiros recorda ainda a intervenção de Portugal “em instâncias internacionais como a NATO e a OSCE", e a participação "nos debates ocorridos no Conselho Europeu e no Conselho de Negócios Estrangeiros, de que resultou, designadamente, a decisão de a União Europeia chamar para consultas o seu embaixador em Moscovo”.
Sem esclarecer se vai ou não avançar com a expulsão dos diplomatas russos, o Ministério defende apenas que “acredita que a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente”.
Perante as circunstâncias, a Rússia já garantiu que a resposta será "recíproca". Moscovo anunciou entretanto que vai expulsar 60 diplomatas norte-americanos.
Saliente-se que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, também já se expressou face aos acontecimentos que estão a marcar a atualidade internacional. Donald Tusk admitiu que "não se excluem medidas adicionais, incluindo mais expulsões, nos próximos dias ou semanas, no quadro de ação coordenada da União Europeia".
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