Bloco exige apoio imediato e proteção aos trabalhadores da antiga Triumph
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, exigiu hoje do Governo "apoio imediato" e proteção para os trabalhadores da fábrica da antiga Triumph e uma solução para permitir a reabertura da instalação.
© Global Imagens
Política Catarina Martins
"Se à justiça se pede justiça, ao Governo exige-se que garanta a proteção dos trabalhadores durante o processo de insolvência e que intervenha para defender a capacidade produtiva e permitir que a fábrica reabra", afirmou Catarina Martins.
A líder do BE intervinha no debate de atualidade sobre a situação da fábrica de roupa interior da antiga Triumph, no parlamento, com a presença do secretário de Estado Adjunto e do Comércio, Paulo Ferreira, e ao qual assistiram nas galerias cerca de duas dezenas de trabalhadoras, envergando a bata azul que usam no posto de trabalho.
Caso não seja possível impedir o encerramento, admitiu, o Governo "deve reconhecer a necessidade de uma resposta social, de formação e emprego para estas 463 pessoas", exigiu.
A fábrica da antiga Triumph, situada na freguesia de Sacavém, concelho de Loures, foi adquirida no início de 2017 pela TGI-Gramax e emprega atualmente 463 trabalhadores.
A antiga fábrica de roupa interior está em processo de insolvência em tribunal e mantém salários por pagar.
Hoje, sublinhou Catarina Martins, completam-se 20 dias, 500 horas de vigília à porta da antiga Triumph, "para impedir que a Gramax, insolvente, lhes roube ainda o património -- roupa e máquinas".
"A luta destas trabalhadoras e trabalhadores não precisou de afetos presidenciais, visitas de governantes ou expressões de caridade para conquistar o seu lugar", assinalou, realçando que "muito dizem as ausências de quem não apareceu".
Para o BE, a luta dos trabalhadores da Triumph suscita "três urgências", a primeira das quais uma "política de investimento" pública que salvaguarde a capacidade produtiva instalada no país e que "trave esta sangria".
Em segundo lugar, é exigido o "combate à fraude e à impunidade para impedir mais insolvências", disse, propondo a revisão "de toda a legislação relativa às insolvências e priorizando o que conta, postos de trabalho, salários e direitos dos trabalhadores, proteção da capacidade produtiva e forte penalização do abuso".
Em terceiro lugar, disse, "uma resposta concreta para o caso dos e das trabalhadoras da Triumph, que estão sem salário desde novembro".
"Devemos-lhes apoio imediato, garantia de que os seus créditos são integralmente pagos e uma solução para o dia seguinte", defendeu.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com