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CTT: “O que a gestão privada está a fazer é um saque ao serviço público"

O deputado Luís Monteiro defende que as privatizações de serviços públicos fundamentais “nunca saberão gerir o serviço tal como ele deve ser: público”, como é o caso dos CTT.

CTT: “O que a gestão privada está a fazer é um saque ao serviço público"
Notícias ao Minuto

16:37 - 04/01/18 por Melissa Lopes

Política Luís Monteiro

A notícia do encerramento dos 22 balcões dos CTT está a agitar o país e a política. Têm sido várias as reações políticas. Do lado do Bloco Esquerda, surgem críticas que não são, na realidade, novas.

Luís Monteiro, o deputado mais novo da Assembleia da República, condena a gestão privada dos CTT. Na sua opinião, o que a gestão dos Correios está a fazer é um “saque ao serviço público” e “um insulto a quem vive do trabalho”.

Com ironia, o bloquista conta que recebeu hoje, em casa, postais de Natal enviados no início de dezembro. “É possível que familiares meus recebam, lá para meio de Janeiro, votos de Bom Ano num postal que tive o prazer de lhes enviar em Dezembro”, acrescenta, demonstrando, assim, em que ponto estão os serviços dos Correios em Portugal. 

“Se estes exemplos que vos dou são completamente prescindíveis, imaginem agora pensionistas que ficam sem receber a sua reforma durante quinze dias ou mais e são ainda obrigados a dirigir-se a balcões CTT que, com os sucessivos encerramentos, ficam cada vez mais longe das casas de tanta gente”, refere ainda Luís Monteiro para quem as privatizações de serviços públicos fundamentais “nunca saberão gerir o serviço tal como ele deve ser: público”.

“A lógica do lucro sobrepõe-se à ideia de Estado Social”, termina o deputado, recorrendo a uma imagem de um cartaz do Bloco de Esquerda de 2015, cuja mensagem, sublinha, “continua atual”: “Um país não se vende”.

Os CTT, recorde-se, confirmaram a 2 de janeiro o fecho de 22 lojas no âmbito do plano de reestruturação, que, segundo a Comissão de Trabalhadores dos Correios de Portugal, vai afetar 53 postos de trabalho.

A empresa referiu que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira (concelho de Lisboa), Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente (Penafiel), Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Sintra), Olaias (Lisboa), Camarate (Loures), Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede (Abrantes), Aldeia de Paio Pires (Seixal) e Arco da Calheta (Calheta, na Madeira).

A decisão de encerramento motivou já críticas de autarquias e utentes.

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