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"Quem quiser iluminação de Natal que a pague. São gastos inúteis"

Joaquim Jorge é da opinião que as autarquias não devem gastar dinheiro com iluminações de Natal.

"Quem quiser iluminação de Natal que a pague. São gastos inúteis"
Notícias ao Minuto

12:30 - 21/12/17 por Inês André de Figueiredo

Política Joaquim Jorge

Com o Natal mesmo à porta, Joaquim Jorge teceu considerações sobre as iluminações natalícias e os valores gastos pelas autarquias, referindo que é “contra gastar-se tanto dinheiro com o Natal: em lâmpadas; ornamentos; festas de Natal; rodas; pistas de gelo; entre outros”.

“Os gastos das autarquias e empresas públicas com iluminações e festas de Natal ultrapassam 7 milhões de euros”, recorda, frisando que “no ano passado o balanço final rondou os 8,6 milhões”.

Num artigo escrito para o Notícias ao Minuto, o fundador do Clube dos Pensadores analisou e criticou os casos de Lisboa, Porto, Gaia e Matosinhos, mas também referiu que algumas autarquias têm agido de forma exemplar.

“O presidente da junta de freguesia de Belém, em Lisboa, Fernando Ribeiro, no Natal de 2016, tendo eleições a seguir, em vez, de gastar dinheiro na iluminação de Natal, apostou na ajuda a famílias carenciadas. Prescindiu da iluminação de Natal e utilizou essa verba, cerca de 50 mil euros, para apoiar famílias. Esse apoio destinou-se a famílias com rendimentos mensais inferiores a 419,20 euros e foi prestado a nível alimentar e de higiene. Às famílias foi atribuído um cartão oferta, que tinha um plafond anual e que lhes permitia fazer compras numa rede de supermercados. E não deixou de ser reeleito nas autárquicas de Setembro de 2017”, relembrou.

Joaquim Jorge ressalvou que “deveria ser assim em todo o país. Quem quiser iluminação de Natal que a pague, não pode ser por conta dos contribuintes”.

“Gosto da alegria do Natal e das suas luzes, mas não concordo que as autarquias gastem tanto dinheiro com o Natal. Eu tenho a minha casa com árvore de Natal iluminada, mas sou eu que pago”, realçou.

O biólogo refere-se às iluminações como “gastos inúteis” que servem para “encher o olho”.

“Se todas as autarquias investissem menos em coisas supérfluas e passassem a dar mais atenção àquilo que tem maior impacto na qualidade de vida das pessoas. Vamos ser pragmáticos e deixar-nos de falsas acções e voltar para a realidade. Alguém ficaria triste se não houvesse iluminação de Natal, se o dinheiro fosse bem aplicado? Claro que não”, alertou.

“Eu prefiro uma cidade limpa todo o ano, com boa iluminação todo o ano, com proteção policial todo o ano, sem buracos nas ruas, com IMI mais baixo, o preço de água mais baixo, e por fim, saber que muitas famílias iriam ter uma consoada digna de qualquer ser humano”, acrescentou ainda Joaquim Jorge.

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