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Rio reconhece problemas na Cova da Moura, mas confessa que esperava pior

O candidato à liderança do PSD Rui Rio visitou hoje o bairro da Cova da Moura onde reconheceu ser necessário aplicar "um plano específico", mas confessou que esperava encontrar problemas maiores.

Rio reconhece problemas na Cova da Moura, mas confessa que esperava pior
Notícias ao Minuto

19:35 - 15/11/17 por Lusa

Política PSD

Rui explicou que visitou este bairro de génese ilegal no concelho da Amadora porque não o conhecia, reclamando ter "uma particular sensibilidade para estas questões".

"Quando estive à frente de uma autarquia, o meu principal objetivo político foi a reabilitação dos bairros sociais", defendeu o antigo autarca do Porto.

Rui Rio considerou que o bairro da Cova Moura, não sendo o típico bairro social, "necessita de ser completamente inserido no tecido urbano" e lamentou que não tenha aproveitado devidamente a iniciativa "Bairros Críticos" como aconteceu em outros casos no Porto.

"Devo confessar que, no Porto, vi coisas muito mais desintegradas, devo confessar que contava que tivesse problemas maiores, dentro daquilo que vi", afirmou aos jornalistas, durante uma visita que durou mais de uma hora e que passou por algumas associações culturais, mercearias e cafés do bairro, com mais de 6.000 habitantes.

"Felizmente não tem a gravidade de outras que visitei", acrescentou.

Ainda assim, o candidato à liderança do PSD considerou que será necessário aplicar "um plano específico" no bairro, que o possa integrar completamente "no tecido urbano" e combater "todas as formas de marginalidade social", dizendo fazer mais sentido "um plano social" do que muito policiamento.

No entanto, a visita de Rui Rio - anunciada num cartaz à porta da Associação de Moradores como a do "candidato à liderança do PSD e a primeiro-ministro" - contou com a presença de vários agentes da PSP no bairro.

Durante a visita a meio da tarde, conduzida por um elemento do PSD da Amadora e morador do bairro, Jorge Humberto, Rio ouviu mais do que falou, e foram poucos os moradores com quem conversou por sua iniciativa, numa hora em que o bairro não tinha ainda muito movimento.

O candidato esteve acompanhado por alguns apoiantes, como o deputado Feliciano Barreiras Duarte, o ex-secretário de Estado José Amaral Lopes, o antigo líder da JSD Pedro Rodrigues ou o líder interino da concelhia de Lisboa, Rodrigo Gonçalves, que funcionou como um verdadeiro 'mestre de cerimónias', encaminhando Rui Rio pelas ruas do bairro ou fazendo as apresentações aos moradores.

Do senhor Lopes, de 92 anos, Rio ouviu elogios ao seu trabalho no Porto e pedidos para que "dê uma volta ao bairro" e, no final, acedeu ao pedido de outro morador para que conhecesse a sua mulher e o filho Gabriel, de ano e meio, que ainda pediu -- e conseguiu - colo do candidato a líder do PSD.

Rio confessou a uma modista local que, com as correrias da campanha interna, "já tem as calças um bocadinho largas" e, questionado pelos jornalistas, lamentou que ainda sejam poucos os militantes do PSD com as quotas em dia.

"Não é agradável que tão poucas pessoas paguem quotas e menos agradável quando há fenómenos de pagamento de quotas por atacado", afirmou, assegurando que, se vencer as diretas, vai procurar acabar com este problema que "não prestigia os partidos políticos e o PSD".

Segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias, apenas 12,5% dos militantes têm as quotas em dia, quando falta um mês para terminar o prazo de pagamento.

O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro.

Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

O atual presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, já disse que não se recandidata ao cargo que ocupa desde 2010.

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