Jogos em dia de eleições? Defendo "protocolo com Liga ao invés de lei"
Liga de Clubes e Governo devem entender-se em relação aos jogos em dia de eleições. A análise de Marques Mendes, que falou ainda de Fernando Medina e do rating da dívida portuguesa.
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Luís Marques Mendes é da opinião de que criar uma lei para proibir jogos de futebol em dias de eleições não é o melhor caminho a seguir.
No seu espaço de comentário semanal na antena da SIC, o antigo líder do PSD defendeu que esta matéria seja regulada através de um “compromisso” celebrado entre o Governo e a Liga de Clubes.
Marques Mendes é favorável a um protocolo que estabeleça que não deve haver jogos de futebol até às 19 horas, hora de encerramento das urnas. “A partir das 19 horas, se a Liga assim o entender, pode marcá-los”, defendeu.
A justificar a sua opinião está, aponta o comentador, o voto em movimento, que o Governo “tem intenção de aplicar nas eleições para o Parlamento Europeu, daqui a dois anos”. Se tal acontecer, um eleitor vai poder votar noutra cidade do país que não aquela onde reside.
No seu comentário semanal, Marques Mendes abordou outros temas que marcam a atualidade. A polémica em torno da compra de um duplex em Lisboa por Fernando Medina esteve assim em cima da mesa.
“Medina é uma pessoa séria e honesta, não estou a vê-lo a comprar uma casa num regime de favor na contrapartida de dar uma obra a uma construtora”, perspetivou o antigo dirigente social-democrata, convicto de que a denúncia anónima constitui “uma manobra eleitoral”.
A este respeito, aproveitou para tecer parcos elogios a Teresa Leal Coelho (PSD), adversária de Medina na corrida à Câmara de Lisboa: “Desde o primeiro dia, recusou-se a fazer aproveitamento político desta questão. Se fosse ao contrário, não sei se o mesmo teria acontecido”.
E porque a saída de Portugal do nível de lixo, decidida pela Standard & Poor's, foi um dos temas que mais marcou a semana, esteve também em análise. Marques Mendes olha para esta mudança como “uma decisão muitíssimo positiva para a imagem do país” e “um reforço da posição do Governo, que sai reforçado”.
O comentador faz um reparo à atitude do primeiro-ministro. “António Costa tinha feito bem se tivesse cumprimentado o governo anterior, porque teve mérito nisto, e os portugueses, que fizeram muitos esforços até aqui”, atirou.
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