"Valorizamos avanços mas não nos podemos iludir nem anestesiar"
No arranque do Avante coube ao líder Jerónimo de Sousa abrir a festa, com um discurso onde garantiu que o "PCP continuará ao lado dos seus".
© Global Imagens
Política Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa esteve na abertura da Festa do Avante, que marca a reentré do PCP, e abordou diversos temas, particularmente a questão da Autoeuropa, sem referência ao nome da empresa, mas com um ‘ataque’ à tentativa de a empresa implementar o sábado como um dia de trabalho.
“O capital (…) tenta fazer o ‘assalto’ aos horários de trabalho e eliminar o avanço civilizacional do sábado enquanto dia de descanso”, acusou, frisando que “é possível encontrar soluções que respeitem os direitos dos trabalhadores e ao mesmo tempo assegurem o desenvolvimento da produção”.
No discurso, o comunista focou-se na relevância do trabalho do PCP para os avanços dos últimos anos e revelou que o partido valoriza as medidas, mas refere que é preciso mais.
“Valorizamos avanços mas não nos podemos iludir nem anestesiar tendo em conta os problemas de fundo que permanecem e não foram superados. A fixação no défice das contas públicas não pode ser transformado no alfa e no ómega da política económica e financeira”, exemplificou.
Nesta senda, Jerónimo sublinhou que há “outros défices mais importantes que exigem opções”, entre eles o “défice estrutural da produção nacional”.
“É criando mais riqueza, mais produção nacional, com mais garantia que de um melhor aparelho produtivo e mais desenvolvido, que o país encontrará a saída para a solução dos seus principais problemas”, realçou o comunista.
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