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"Num ambiente pré-eleitoral, não se fazem consensos"

No seu habitual espaço no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes afirmou que António Costa pretende marcar a agenda política, uma vez que os últimos meses desgastaram a imagem do Governo e, particularmente, do primeiro-ministro.

"Num ambiente pré-eleitoral, não se fazem consensos"
Notícias ao Minuto

23:27 - 20/08/17 por Pedro Bastos Reis

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes comentou este domingo a entrevista de António Costa ao jornal Expresso, considerando as declarações do primeiro-ministro como “um tiro falhado”, nomeadamente no diz respeito a “retomar a iniciativa política”.

António Costa, recorde-se, manifestou vontade em contar com o PSD para o programa de grandes investimentos em obras públicas no âmbito da "estratégia nacional para o Portugal pós-2020" , referindo, contudo, que o tempo de “consensos” apenas acontecerá depois das eleições autárquicas, agendadas para o próximo dia 1 de outubro.

Marques Mendes considera que “não vai haver nenhum novo ciclo”, uma vez que, depois das autárquicas, serão as legislativas a marcar o ambiente político. “Não vai haver nenhum novo ciclo, porque a seguir às eleições autárquicas os partidos estão concentrados na legislativas de 2019. Quando se está num ambiente pré-eleitoral, não se fazem consensos”, justificou o comentador.

Descartado o consenso entre os dois maiores partidos portugueses, Marques Mendes remete as intenções do primeiro-ministro para uma tentativa de “marcar agenda”, tendo em conta a fragilidade em que o Governo ficou após a tragédia de Pedrógão Grande.

“António Costa quis retomar a iniciativa política. Desde os acontecimentos de Pedrógão, Tancos, demissões dos secretários de Estado e incêndios que António Costa, nos últimos meses, perdeu a iniciativa política. Anda muito atrás do comboio, a reboque dos acontecimentos”, reiterou.

O comentador social-democrata vai mais longe, e afirma que até a situação de Pedródão Grande estar resolvida, António Costa não vai conseguir “comandar a agenda pública”.

“Desde Pedrógão que António Costa está desconfortável, e agora quer dar a volta, encontrar outro tema, mudar a agulha. O problema é que não muda enquanto não resolver Pedrógão: apurar as causas, tirar consequências, assumir responsabilidades e mudar responsáveis. Enquanto não fizer isso, até pode fazer o pino na praça pública mas não vai comandar a agenda pública”.

Ainda sobre a mesma entrevista, Marques Mendes disse que o primeiro-ministro quis agradar aos eleitores do centro político, bem como “capitalizar um ‘não’ do PSD”. “Eu sou o bonzinho, eles são os maus da fita. É um jogada tática”, ironiza.

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