Estas posições foram trocadas entre o dirigente da bancada social-democrata António Leitão Amaro e ministro das Finanças, Mário Centeno, logo na abertura de um debate parlamentar tenso e cerrado, proposto pelo PSD e subordinado ao tema da "falta de transparência nos cortes de despesa nos serviços públicos".
"Há cortes, o Estado falha e as pessoas sofrem", declarou António Leitão Amaro, que associou as cativações feitas pelo Governo em serviços públicos essenciais a acontecimentos recentes como o da "maior tragédia humana ocorrida com o incêndio de Pedrógão Grande" e o do roubo de armas na base militar de Tancos.
Mário Centeno respondeu logo a seguir ao dirigente do Grupo Parlamentar do PSD.
"Por razões que desafiam a lógica, este debate é centrado nos cativos, que são transparentes, porque estão regulados na lei do Orçamento do Estado [para 2016] e no decreto da execução orçamental. Os valores finais estão sempre estampados na Conta Geral do Estado, quer por Ministério, quer por tipo de despesa, - e em 2016 representaram apenas cerca de um por cento da despesa pública", reagiu o titular da pasta das Finanças.