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"A reforma florestal dará frutos daqui a décadas, mas tem de começar já"

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu hoje que é necessário que se inicie rapidamente uma intervenção ao nível do ordenamento florestal.

"A reforma florestal dará frutos daqui a décadas, mas tem de começar já"
Notícias ao Minuto

20:48 - 27/06/17 por Lusa

Política Catarina Martins

Catarina Martins falava aos jornalistas depois de se ter reunido hoje à tarde com a direção do Centro de Saúde de Serpa e de ter integrado a delegação do Bloco de Esquerda que hoje de manhã se reuniu com o Governo para debater os recentes incêndios e a reforma florestal do país.

Segundo a dirigente bloquista, "a proposta de reforma florestal do Governo não dá garantias de combater a mancha contínua de eucalipto e pinheiro, que é o que as pessoas veem como o problema quando há os enormes incêndios incontroláveis, nem é capaz de controlar a área de eucalipto no país".

"Portugal tem a maior área absoluta de eucalipto de toda a Europa e uma das maiores do mundo", frisou, defendendo que Portugal precisa de "ordenar a floresta" e frisando que, atualmente, no país, "aumentou a consciência da necessidade de intervir na floresta, de aumentar a intervenção pública e de abordar de uma forma séria o problema da mancha contínua de eucalipto".

Catarina Martins disse que vê "disponibilidade por parte do Governo para que haja alguns avanços concretos" na reforma florestal do país, contudo "há ainda algumas dificuldades", mas também "um trabalho que está a ser feito e achamos que é importante.

"A reforma florestal dará frutos daqui a décadas, mas tem de começar já e precisamos, entretanto, de outras medidas mais de curto prazo para garantir segurança este verão e que no próximo estamos mais preparados e não temos as tragédias iguais todos os verões", defendeu.

Catarina Martins voltou a defender o regresso à esfera pública do Hospital de S. Paulo, em Serpa, cuja gestão foi transferida para a Santa Casa da Misericórdia de Serpa.

O hospital de Serpa "foi entregue à Misericórdia", o Bloco de Esquerda propôs, no Parlamente, que voltasse para a esfera pública, mas "isso não aconteceu, e, entretanto, nos últimos meses, a situação tem vindo a degradar-se no hospital, com salários em atraso e falta de resposta aos próprios doentes, que depois têm uma rede de cuidados de saúde primários que lhes vai tentando responder", disse.

"Serpa precisa do hospital a funcionar e o que se poe aqui em evidência é, por um lado, a necessidade de o hospital voltar para a esfera pública e, por outro lado, ser capaz de ter um corpo próprio de pessoal médico e de enfermagem para que possa responder" aos utentes, defendeu.

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