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Escolha do novo Presidente do Parlamento Europeu "foi tudo menos clara"
Eurodeputado Carlos Zorrinho comenta a eleição de Antonio Tajani como o novo Presidente do Parlamento Europeu.
© Global Imagens
Política Carlos Zorrinho
O italiano Antonio Tajani foi ontem (dia 17) eleito como o novo presidente do Parlamento Europeu pela maioria de 351 votos.
Para Carlos Zorrinho, eurodeputado socialista, precisando a União Europeia de “responder com clareza aos novos desafios globais”, a escolha de Tajani não vai nesse sentido, ao refletir uma “escolha que sendo democrática e legítima, foi tudo menos clara”, onde nela cabem “eurocéticos, euro pasmados e até euro entusiastas que negociaram uma solução confusa, abrindo caminho para que a UE continue a navegar à vista, sem ambição nem visão”.
O eurodeputado defendeu, esta tarde em Estrasburgo, que os Conselhos Europeus têm a obrigação de ser úteis para as pessoas, lamentando que “cada vez mais, os Conselhos Europeus sejam vistos pelos cidadãos como uma formalidade tecnocrática, de onde não se espera rasgo, visão nem decisões consequentes, capazes de melhorar o quotidiano e robustecer a sua confiança no projeto europeu”.
Observando os três principais eixos na agenda do último Conselho Europeu, Carlos Zorrinho enalteceu os feitos na área do plano das migrações, onde foram dado “alguns passos positivos dados nas parcerias externas". No entanto, contrata, faltou “acrescentar uma parceria interna para o investimento, o crescimento e o emprego”.
Já sobre a segurança, “à vontade positiva de reforçar as cooperações e em particular a proposta de criação de um Fundo Europeu para a Defesa, faltou acrescentar um plano concreto de cooperação na investigação, no desenvolvimento tecnológico e na gestão comum e partilhada dos dados estratégicos”.
Finalmente, no que diz respeito ao plano do Desenvolvimento, “à repetição exaustiva de boas ideias e intenções, faltou acrescentar modelos de financiamento robustos que permitam passar das intenções aos atos”, sustentou.
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