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"Referendos são a maior arma de destruição maciça dos governos"

Sousa Tavares acredita que italianos não votaram contra a reforma constitucional, mas “contra as políticas atualmente em curso e contra Renzi”, além de terem votado “contra a Europa tal como ela está”.

"Referendos são a maior arma de destruição maciça dos governos"
Notícias ao Minuto

20:37 - 05/12/16 por Goreti Pera

Política Sousa Tavares

O ‘não’ à reforma constitucional venceu no referendo em Itália e Matteo Renzi apresentou, como já havia prometido, a demissão do cargo de primeiro-ministro.

No entender de Miguel Sousa Tavares, este foi “o terceiro de quatro passos do caminho das pedras que as democracias ocidentais atravessam: primeiro o Brexit, depois a eleição de Trump, seguida do ‘não’ no referendo em Itália. E o quarto vai ser as eleições presidenciais francesas, em 2018, com Marine Le Pen a ameaçar conquistar o poder”.

O resultado do referendo em Itália prova, segundo o comentador da SIC, que “a maior arma de autodestruição maciça dos governos democráticos de hoje em dia são estes referendos”. Até porque, “hoje em dia, qualquer consulta popular que dê aos votantes a hipótese de dizer ‘eu estou contra isto’ vai sempre acabar num resultado destes”.

Sobre o referendo italiano em particular, Sousa Tavares não tem dúvidas de que “era confuso e muito mal explicado”, que “não tinha nenhuma urgência” e que, “ao jogar nisso o futuro do seu governo, Renzi deixa a Itália sem governo num momento dramático”.

“O que estava em causa era responder a uma pergunta concreta. E acho que as pessoas nem estavam interessadas na pergunta. O que quiseram foi votar contra as políticas atualmente em curso e contra Renzi”, afirma o antigo jornalista, convicto de que os italianos “votaram contra a Europa tal como ela está, contra as consequências do euro e contra a crise financeira em que estão mergulhados”.

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