Açores: Cristas reitera apelo de combate à maioria absoluta do PS
A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, reiterou, nos Açores, o apelo ao combate à maioria absoluta do PS nas eleições regionais de 16 de outubro, alegando que o CDS é o partido que está em melhores condições para o fazer.
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"Há tanto tempo, tanto tempo de Partido Socialista que nós arriscamos que de repente haja um Governo de lobo com pele de cordeiro e isso não é bom para ninguém", salientou, num trocadilho com o nome do atual presidente do Governo Regional e cabeça de lista do PS pela ilha de São Miguel, Vasco Cordeiro.
Assunção Cristas falava, sábado à noite, num jantar comício, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, depois de ter estado nas ilhas do Faial e das Flores, onde até fez campanha "porta a porta", para surpresa das pessoas, que acharam "um bocadinho estranho de repente verem uma líder nacional".
A líder centrista já tinha estado no arranque do período oficial de campanha eleitoral nas ilhas de São Miguel, São Jorge e Pico e assegurou que antes das eleições ainda vai regressar a São Miguel, justificando o envolvimento na campanha com a convicção de que o CDS tem "oportunidade para voltar a ter um excelente resultado".
Nas últimas eleições regionais, o partido perdeu um mandato por São Miguel e outro pelas Flores, reduzindo o grupo parlamentar de cinco para três deputados.
Na campanha pelas ilhas, a presidente nacional do CDS disse que encontrou pessoas com "medo", mas também com "vontade de mudança" e para que isso aconteça considerou que o primeiro passo é "tirar a maioria absoluta" ao PS, que governa a região há 20 anos.
"Retirar a maioria absoluta ao Partido Socialista pode ajudar a que a pele de cordeiro, seja uma pele mais bonita, mais real, mais autêntica e que ajude melhor às populações", frisou.
Esse combate faz-se com o CDS, segundo Assunção Cristas, não porque o partido seja "a última coca-cola do deserto", mas porque os candidatos têm provas dadas e trabalham "com afinco".
"De governação socialista, nós já estamos cansados a nível regional, de governação socialista encostada às esquerdas radicais, estamos cansados já a nível nacional e ainda dura pouco", salientou.
A líder centrista realçou, por outro lado, que a diferença dos candidatos do seu partido é que podem "ir de cabeça erguida a qualquer ilha dos Açores, sabendo que o CDS falou por elas".
"Estamos cansados de ver uma sociedade que não progride, uma economia que está muito debilitada, uma dependência enorme do setor público e sobretudo achamos que as ilhas se sentem profundamente desprezadas por um Governo que só se centra em São Miguel", apontou.
Assunção Cristas destacou o potencial do mar na economia açoriana, sem responder às críticas feitas no dia anterior, na ilha Terceira, pelas líderes regional e nacional do BE, que a acusaram de ter retirado poder aos Açores na gestão do mar, com a Lei de Bases de Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo, enquanto era ministra da tutela.
"O mar no PIB português já representa muito e o turismo náutico é a parte mais relevante neste momento do PIB azul em Portugal", salientou, realçando o potencial da economia açoriana no mar, na agricultura e no turismo.
Para a votação de dia 16 estão inscritos 228.160 eleitores que vão escolher os 57 deputados à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores para os próximos quatro anos.
Nas últimas eleições regionais, realizadas a 14 de outubro de 2012, o PS venceu com maioria absoluta e elegeu 31 deputados, seguido de PSD com 20 mandatos e do CDS-PP com três. BE, CDU e PPM elegeram um parlamentar cada.
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