Diretor de campanha de Passos Coelho alvo da Operação Lava-Jato
Chama-se André Gustavo e foi diretor de campanha do ex-primeiro ministro social-democrata. Agora, está a ser investigado pelo Ministério Público brasileiro no âmbito da Operação Lava Jato.
© Global Imagens
Política Corrupção
Numa investigação que parece não ter fim, a operação Lava-Jato continua a revelar novos nomes envolvidos em esquemas de corrupção e desvios de dinheiro. E o alvo mais recente fez com que as autoridades brasileiras pedissem a colaboração dos seus homólogos portugueses.
Sócio da empresa Arcos Propaganda, chama-se André Gustavo Vieira da Silva, mais conhecido por apenas André Gustavo, e foi o homem que dirigiu as campanhas eleitorais de Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015.
Surge agora mencionado na 23.ª fase da operação Lava-Jato (batizada de Acarajé – nome que os arguidos usavam para falar entre si por código) e, segundo o Público, “já foi ouvido no inquérito parlamentar que decorreu na outra margem do Atlântico. Em causa está a presença do publicitário em Portugal entre 2011 e 2015, (…) período em que prestou serviços ao PSD como conselheiro de marketing de Passos Coelho.”
Em explicações ao mesmo jornal, a Procuradoria-Geral da República explicou que “recebeu das autoridades brasileiras, três cartas rogatórias inseridas no âmbito da operação Lava-Jato (…) mas não revela o teor dos pedidos de cooperação.”
Amigo de João Santana – publicitário conhecido por estar no epicentro das campanhas de Dilma Roussef e Lula da Silva -, André Gustavo afirmou ao Público não ter conhecimento destes pedidos de informações. A mesma resposta foi dada pelo PSD.
Além da sua presença em Portugal, outra das situações que a Polícia Federal do Paraná quer esclarecer é o facto de o nome de André Gustavo aparecer ligado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES): banco que está no “centro da polémica por financiar políticos e grupos privados do universo do Partido dos Trabalhadores.”
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