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Filipe Nyusi declara "total disponibilidade" para trabalhar com Marcelo

O chefe de Estado moçambicano felicitou hoje Marcelo Rebelo de Sousa pela sua eleição como Presidente da República de Portugal e declarou "total disponibilidade" para que ambos trabalhem no aprofundamento das relações entre os dois países.

Filipe Nyusi declara "total disponibilidade" para trabalhar com Marcelo
Notícias ao Minuto

16:17 - 25/01/16 por Lusa

Política Moçambique

"Manifesto a minha total disponibilidade para trabalhar consigo de modo a que as relações entre a República de Moçambique e a República Portuguesa continuem a consolidar-se para o progresso económico e social dos nossos povos e países", declarou Filipe Nyusi numa mensagem enviada a Marcelo Rebelo de Sousa, vencedor das presidenciais realizadas no domingo.

Expressando "grande satisfação" pelo resultado das presidenciais e "votos de muitos sucessos" no mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado moçambicano disse estar convicto de que, com esta eleição, "os laços de amizade que, desde sempre, unem os dois povos e países continuarão a ser fortalecidos e aprofundados".

Para Filipe Nyusi, a parceria histórica entre os dois países tem sido testemunhada por "excelentes relações de amizade, solidariedade e cooperação e por progressos assinaláveis na esfera económica", salientando o aumento do investimento português em Moçambique.

O chefe de Estado moçambicano referiu ainda que interpreta a escolha do eleitorado português como "uma prova do reconhecimento das qualidades pessoais e profissionais" de Marcelo Rebelo de Sousa, caracterizadas pela "integridade, empenho e dedicação" durante o seu percurso político.

Em entrevista à Lusa, antecedendo uma visita a Maputo no início de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, caso fosse eleito, esperava contribuir para "um entendimento natural" nas relações com Moçambique, país que classificou como a sua "segunda pátria".

"Quaisquer que sejam as funções que assumirei no futuro, está presente em Moçambique um tratamento privilegiado, um carinho especial e um entendimento natural que passa por muita gente moçambicana, muita dela responsável, e pelo estreitamento de relações entre países, instituições, economias, culturas e universidades", declarou o então candidato presidencial.

O ex-comentador político participou em dezembro no primeiro Fórum Social e Económico de Moçambique (Mozefo), realizado na capital moçambicana, onde viveu parte da sua juventude quando o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, era governador-geral da antiga colónia portuguesa.

As relações entre Portugal e Moçambique têm sido marcadas nos últimos anos por encontros ao mais alto nível, tendo o Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, sido o único chefe de Estado não africano a testemunhar a posse de Filipe Nyusi, em 15 de janeiro de 2015.

O novo Presidente moçambicano escolheu por sua vez Portugal para a sua primeira visita de Estado fora do continente africano, realizada em julho do ano passado.

Marcelo Rebelo de Sousa foi no domingo eleito Presidente da República com 52% dos votos, uma percentagem acima dos 50,5% conseguidos na primeira eleição pelo seu antecessor, Cavaco Silva, em 2006.

O ex-líder do PSD e comentador político tornou-se no quinto Presidente da República portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, numas eleições em que se registou uma abstenção de 51%.

Segundo os dados do Ministério de Administração Interna, Marcelo obteve 52%, seguindo-se Sampaio da Nóvoa (22,89%), independente apoiado por personalidades do PS, Marisa Matias (10,13%), apoiada pelo BE, Maria de Belém (4,24%), militante do PS, Edgar Silva (3,95%), apoiado pelo PCP, Vitorino Silva (3,28%), Paulo de Morais (2,15%), Henrique Neto (0,84%), Jorge Sequeira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%).

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