Aliança entre PS, BE e PCP "parece-se mais com albergue espanhol"
Ministro da Presidência e do Desenvolvimento Regional do XX Governo faz uma análise ao atual impasse político.
© Global Imagens
Política Marques Guedes
A última governação “não terá sido isenta de erros”, mas “os objetivos essenciais foram “atingidos e cumpridos”. É assim que Marques Guedes sintetiza os últimos quatro anos de governação do PSD e CDS.
Em entrevista ao jornal Público, o ministro começa por lembrar: “não somos daqueles que nos apresentamos aos eleitores com um determinado programa e, depois do voto ser depositado, fazemos uma viragem de 180 graus”, referindo-se ao Partido Socialista.
Aquilo que podia ter sido um entendimento entre a coligação e o partido de António Costa, diz, não aconteceu porque “o PS encetou uma encenação de conversa com a coligação”, mesmo havendo “matérias compatíveis”, como “na Saúde, Educação e Segurança Social” onde “o essencial dos objetivos é comum” aos três partidos.
Quanto às acusações feitas anteriormente ao PSD por assinar um acordo inicial com o CDS, Marques Guedes afirma que “o dr. António Costa, como todos os portugueses, conhece o programa e acordo pré-eleitoral entre o PSD e CDS como um projeto comum de Governo. Só posso entender esse tipo de afirmação como uma mera tentativa de desviar as atenções”.
E se a Esquerda formar mesmo um governo alternativo ao atual? É constitucional, mas possivelmente não é legítimo, responde. “O que mais me assusta é reduzir-se a política a um problema de aritmética. E olhando para os modelos e programas que são apresentados pelo PS, PCP e Bloco, acho que se parecem muito mais com um albergue espanhol do que com um projeto na sociedade em conjunto”.
“Se este Governo [Coligação PàF], que é de maioria relativa, não conseguir levar até ao final as soluções de governabilidade, terá de haver uma clarificação política. Isso passa obviamente por devolver a palavra aos eleitores”, conclui.
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