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Reforma do Estado está a ser feita "com grande amadorismo"

Em entrevista ao semanário Expresso o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, alerta para a falta de diálogo mínimo entre os partidos, que acredita que se está a perder de forma "assustadora" e critica a forma "pouco transparente, e com grande amadorismo" como está a ser feita a reforma do Estado.

Reforma do Estado está a ser feita "com grande amadorismo"
Notícias ao Minuto

09:16 - 19/01/13 por Notícias Ao Minuto

Política Sampaio

Convidado pela Tunísia para explicar os princípios da Constituição semipresidencialista, Jorge Sampaio, em entrevista ao Expresso, defendeu que a Constituição portuguesa não é a culpada da “má ou deficiente governação”. “Não podemos culpar a Constituição por todas as nossas incapacidades políticas”, disse.

Quando questionado sobre a falta de consenso nos principais temas da actualidade, Jorge Sampaio foi breve e crítico na sua resposta: “Nós estamos a perder, a uma rapidez assustadora, os hábitos de construir e alimentar a coesão nacional e intergeracional que tem estado na base do modelo social.” Esta falta de coesão nacional é resultado da falta do mínimo de diálogo político, que Jorge Sampaio admite estar a “deteriorar-se de forma preocupante”.

Para o ex-Presidente da República, “não houve da parte do Governo, nomeadamente do PSD, uma preocupação de incluir o PS numa conversa permanente, não pública, sobre todos os pontos da governação.”

O relatório do FMI foi também tema na entrevista. Para Jorge Sampaio, o relatório apresentado pelo Fundo Monetário Internacional “contém sugestões que até são interessantes” mas não descarta a existência de “dados errados.”

A falta de consenso foi mais uma vez realçada por Jorge Sampaio que defendeu a necessidade de “encontrar as melhores soluções”, afirmando que cabia ao Governo apresentar “um livro branco sobre as reformas” que, posteriormente, poderiam ser alvo de um vasto debate na sociedade, de que resultariam propostas ao Parlamento.”

Jorge Sampaio voltou a criticar os contornos da reforma do Estado que diz estar a ser feita “de forma pouco transparente, e com grande amadorismo.”

Quanto a uma possível responsabilidade pela actual situação do País, o ex-Presidente da República diz que “ninguém pode dizer que não tem responsabilidade”, mas admite: “nunca me pus de fora.”

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