Moedas "em reflexão" sobre recandidatura (sem mencionar acordo com IL)

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse hoje que ainda está "em reflexão" quanto à sua possível recandidatura nas próximas eleições autárquicas, sem responder quanto a um eventual acordo de coligação entre PSD e IL.

Carlos Moedas, Lisboa,

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
27/06/2025 14:41 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Autárquicas

uma reflexão que tenho de fazer, que é importante, e quando tomar essa decisão anunciarei a todos os lisboetas, mas neste momento sou presidente da câmara, continuo a trabalhar todos os dias, é isso que faço para resolver os problemas das pessoas", afirmou Carlos Moedas (PSD), após ser questionado pelos jornalistas sobre a sua possível recandidatura à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, que ocorrerão entre setembro e outubro.

 

O autarca de Lisboa falava à margem da inauguração do prolongamento da carreira de autocarros 731 da empresa municipal lisboeta Carris, em que o percurso, que parte da Av. José Malhoa, foi alargado no concelho vizinho de Loures, chegando agora até Sacavém, em vez de terminar na Portela.

A viagem inaugural contou com a presença do presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão (PS), que chegou à paragem de autocarro na Praça José Queirós, em Lisboa, uns cinco minutos antes de Carlos Moedas.

Um dos primeiros atos do autarca de Lisboa quando chegou ao local foi retirar a gravata, colocando-se à vontade como o seu congénere de Loures, que anunciou em janeiro que seria recandidato nas próximas eleições autárquicas.

"O ter gravata ou não não tem nada a ver com ser candidato, se é essa a analogia que está a querer fazer", esclareceu Carlos Moedas.

Afirmando que está como presidente da câmara, o social-democrata defendeu que há um mandato a cumprir: "São quatro anos e é importante que os políticos cumpram os seus mandatos naquilo que é a totalidade do mandato, e eu percebo que quem não é presidente da câmara se candidate e anuncie candidaturas. Isso é obviamente normal".

"Quem é presidente tem de respeitar os eleitores e respeitar os eleitores é estar a trabalhar no dia a dia", expôs Carlos Moedas, ao lado do autarca de Loures que anunciou a sua recandidatura há seis meses, ressalvando que respeita a opção do socialista Ricardo Leão.

Questionado sobre se irá prolongar o mais possível a sua decisão sobre uma possível recandidatura para poder continuar a fazer inaugurações como presidente da câmara, o social-democrata assegurou que "não tem nada a ver com isso".

"As eleições autárquicas ainda não foram marcadas [...] ainda não temos uma data e, portanto, isso é uma liberdade de cada um [o anúncio de candidaturas]. Eu, como presidente da câmara, neste momento, quero estar dedicado, totalmente dedicado, a fazer e a ser presidente da câmara, portanto, cada um de nós tem os seus 'timings' de reflexão", declarou Carlos Moedas, recusando responder quanto a um eventual acordo entre PSD e IL para uma candidatura em coligação à Câmara de Lisboa.

No final da declaração de Carlos Moedas, o socialista Ricardo Leão disse, num à parte, que ainda não é formalmente candidato à presidência da Câmara de Loures, esclarecendo, depois, que a sua recandidatura se vai concretizar, com a formalização num ato público, referindo que "nem é assunto sequer" a possibilidade de não ter apoio do PS.

Em Lisboa, além de se falar numa possível coligação entre PSD e IL, poderá haver uma candidatura conjunta entre PS, Livre, BE e PAN, mas as negociações entre os partidos ainda decorrem, sem previsão de quando haverá uma decisão. Até agora, foram anunciadas as candidaturas de Alexandra Leitão (PS), João Ferreira (CDU), Carolina Serrão (BE), Ossanda Líber (Nova Direita), José Pinto Coelho (Ergue-te) e Bruno Mascarenhas (Chega) à presidência da Câmara de Lisboa.

No atual mandato (2021-2025), o social-democrata Carlos Moedas governa Lisboa sem maioria absoluta, após ser eleito pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.

Na quinta-feira, os grupos parlamentares de PSD, Chega, PCP e Livre propuseram ao Governo que as próximas eleições autárquicas se realizem em 12 de outubro, enquanto PS e IL querem que sejam em 28 de setembro e BE em 05 de outubro.

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