"A definição de corrupção pelos portugueses é bastante ampla. Determinados comportamentos e práticas não contam para nada. Portas giratórias, conflito de interesses ou cunhas são consideradas pelos portugueses normais e entendíveis. Há uma certa tolerância para alguns tipos de corrupção política.
As pessoas querem estabilidade e sossego já têm tantos problemas para chegar ao fim do mês com dinheiro nos bolsos, quem está na política que resolvam os seus problemas e não andem sempre a incomodar com eleições.
O povo não vota no PS, só os mais velhos. A malta nova vota no Chega.
O Chega com este resultado tem o país a seus pés, condiciona tudo e todos. Se não fosse os problemas com os seus deputados, o Chega com certeza tinha mais de 25%.
Quis o destino que as malas fossem o 'sururu' no Chega, mas agora Pedro Nuno Santos vai ter de fazer as malas.
José Luís Carneiro ou Fernando Medina podem aspirar a ser, um deles, novo líder do PS. O prazo para haver um Congresso é limitado pela data das eleições autárquicas que se realizam em Setembro/Outubro.
A AD venceu, mas tem que ter alguma contenção e não entrar em euforia. Não tem maioria absoluta, nem mesmo com a IL. Sai aparentemente reforçada, mas com mais responsabilidade.
A empresa de Montenegro deu-lhe mais votos.
O Chega é um 'case study', abala o sistema político cria uma nova polaridade e é fraturante.
Os jovens enfrentam problemas como baixos salários e altos preços das casas, que por vezes os obrigam a emigrar. Essa insatisfação leva-os a rejeitar soluções que consideram esgotadas e a optar por alternativas aos partidos tradicionais no poder, favorecendo o Chega como forma de protesto."
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