O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou que o socialista Miguel Coelho foi alegadamente agredido quando ia votar, este domingo, condenando "qualquer tipo de violência".
"Desejo um dia sereno, mas de grande participação eleitoral e de respeito por todos. Que se evitem episódios como aquele que já tivemos hoje de manhã, de violência em relação a um socialista. Temos de responder com firmeza contra qualquer tipo de violência, de agressão. Temos de defender a democracia", disse Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, depois de votar, em Lisboa.
Interrogado sobre o incidente, confirmou apenas que "aconteceu com Miguel Coelho".
Numa publicação divulgada no Facebook, Miguel Coelho, que é presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, disse que tinha sido "agredido" por um alegado apoiante do Chega.
"Acabei de ser agredido por um indivíduo que me chamou 'amigo dos monhés' e atirou-me ao chão com uma 'pazada' na cara. Gritou 'vota Chega'", escreveu.
Posteriormente, em declarações à agência Lusa, confirmou que já apresentou queixa à polícia e que o incidente aconteceu à porta de uma mesa de voto em Alfama. Segundo o autarca, a agressão foi cometida por um indivíduo que conhece, precisamente um antigo funcionário da junta de freguesia que lidera.
Miguel Coelho disse que estava a visitar as mesas de voto para saber se o ato eleitoral estava a correr bem. "Numa delas, em Alfama, estavam pessoas para votar na fila, entrei para cumprimentar e um indivíduo começou a chamar-me nomes", relatou.
"A seguir deu-me um empurrão na cara, de mão aberta, e atirou-me ao chão", acrescentou.
À Lusa, o porta-voz da Polícia de Segurança Pública (PSP) confirmou que esta corporação foi chamada ao local, onde já não se encontrava o suspeito.
"Identificámos o ofendido e duas testemunhas", referiu o subintendente Sérgio Soares, acrescentando que foi elaborado auto de notícia, que será comunicado ao Ministério Público.
Socialista Miguel Coelho diz que apresentou queixa após agressão
O presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, foi hoje agredido e insultado à porta de uma mesa de voto em Alfama, por um indivíduo que conhece e do qual já fez queixa à polícia.
Lusa | 12:39 - 18/05/2025Segundo a PSP, o incidente aconteceu cerca das 11h15, numa repartição de Finanças, transformada em mesa de voto, na Rua Terreiro do Trigo.
A PSP esclareceu ainda que Miguel Coelho ainda não apresentou queixa formal, nem tinha de o fazer, já que, tratando-se de um crime semipúblico, tem 180 dias para a efetivar, numa esquadra ou junto do Ministério Público.
No entretanto, "nada acontece" ao suspeito, clarificou o subintendente.
O líder do Chega, André Ventura, foi questionado sobre o sucedido e defendeu que votar é "forma de revolta" e que os apoiantes do Chegam devem os ser "os primeiros a cumprir as regras".
Depois de votar, em Lisboa, André Ventura disse reconhecer que "muita gente está chateada" e que "muita gente quer uma mudança", mas sublinhou que hoje "é o dia de mostrar isso" através do voto.
"Não é nem com agressividade, nem com comportamentos menos próprios... Se queremos um país que cumpra regras, nós temos de ser os primeiros a cumprir as regras e a dar o exemplo", atirou.
Recorde-se que segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar nestas eleições 10,8 milhões de eleitores.
No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais, 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa.
O ato eleitoral terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.
Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.
[Notícia atualizada às 15h40]
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