Estas críticas foram feitas por Hugo Soares, cabeça de lista pela AD pelo círculo de Braga, na abertura do comício que decorreu na Avenida da Liberdade, ao ar livre, por, segundo a organização, o número de apoiantes ser superior à lotação do Teatro Circo, para onde estava marcado o comício.
O presidente do Grupo Parlamentar do PSD fez um discurso em que procurou associar o secretário-geral do PS a uma imagem de "imaturidade" e de "mudança de opinião ao sabor do vento", mas dirigiu-se sobretudo aos eleitores do Chega.
"Respeitamos os eleitores do Chega, mas esse partido ter um ou 50 deputados é a mesma coisa, só muda o barulho, porque são aliados do PS no parlamento. Votar no Chega é uma caixinha de surpresas, esconderam as suas listas de candidatos a deputados. Neste último ano, cada vez que abríamos essa caixinha saiu o [Miguel] Arruda das malas ou o deputado que não pagava pensões de alimentos", disse.
Mas Hugo Soares foi mais longe e acusou o Chega de ter espalhado a desinformação quando o primeiro-ministro foi atendido no Hospital de Santa Maria em Lisboa. O Chega, referiu, considerou que esse atendimento foi "uma vergonha" e que Luís Montenegro "devia ter esperado oito ou nove horas" para ser atendido.
Neste ponto, o presidente da bancada social-democrata assinalou então que André Ventura foi recebido na terça-feira no Hospital de Faro, após ter "sucumbido a um problema de saúde".
"E André Ventura não teve problema nenhum em ter protocolo VIP para ser atendido no Hospital de Faro -- um hospital que passou a tarde inteira a criticar e a dizer que não tinha condições. Esbarrou na realidade", afirmou o secretário-geral do PSD.
No discurso seguinte, o presidente do CDS, tal como antes Hugo Soares, caracterizou o Chega como "o maior aliado do PS" e disse que as eleições de domingo são "uma luta entre os extremismos e a moderação".
"A moderação está na AD. Os extremismos estão com as oposições. Somos julgados por 11 meses de Governo como se tivéssemos governado durante quatro anos. Mas sabemos que em 11 meses fizemos muitíssimo mais e melhor do que o PS fez em oito anos", sustentou.
Nuno Melo referiu-se também às suas funções de ministro da Defesa no atual Governo.
"Tive a imensa honra de, num momento da minha vida, ter sido ministro da Defesa de um Governo que por uma vez colocou as Forças Armadas e os antigos combatentes, que são heróis de Portugal, entre as prioridades políticas", disse.
[Notícia atualizada às 20h26]
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