No final da arruada em Braga e quando os jornalistas se preparavam para entrar no Teatro Circo -- um comício para o qual até tinham sido previamente distribuídos bilhetes -- foram avisados de que as intervenções se realizariam a partir da varanda para os apoiantes no exterior.
O motivo, segundo explicou o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, foi que não existiam condições de segurança no interior para tanta gente e para "não deixar ninguém de fora".
O também líder parlamentar fez até um paralelo com algo semelhante que, segundo disse, aconteceu, no passado, com um comício no mesmo local do antigo primeiro-ministro e Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.
Também a assessoria da AD apresentou os mesmos motivos, dizendo que o teatro tinha lotação limitada a 800 lugares.
No exterior, já estavam montadas condições técnicas para que a comunicação social pudesse gravar o som dos discursos a partir da varanda.
Na arruada em Braga, foi pela primeira vez montada uma caixa de segurança na campanha da AD e o percurso até se iniciou sem a presença do recandidato a primeiro-ministro, Luís Montenegro, com a primeira fila composta pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, o líder da distrital de Braga, Paulo Cunha, e o candidato do PSD à Câmara de Braga, João Rodrigues.
Um pouco mais à frente, Luís Montenegro juntou-se com a mulher e com o secretário-geral do PSD, Hugo Soares.
O percurso foi sendo feito de forma lenta, sem que Montenegro fizesse os habituais ziguezagues para cumprimentar os empregados nas soleiras das solas e foram poucos os que conseguiram furar o cordão de segurança.
Um homem exaltado que tentava chegar a Montenegro não conseguiu, sendo rapidamente impedido pelos seguranças que compunham o cordão. A seguir, foi levado do local foram agentes da PSP.
Em contrapartida, também foram muito menos que o habitual os que conseguiram um beijinho ou uma selfie com o primeiro-ministro.
O presidente do PSD ia acenando, fazendo o V de vitória e, de vez em quando, parava para agradecer aos que o acompanhavam: "Obrigado, obrigado".
A meio do percurso caíram papelinhos laranja, cor símbolo do PSD, e mais perto do final do percurso, trauteou ao microfone das juventudes partidárias o hino desta campanha centrado em si: "Deixem o Luís trabalhar".
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