CDS/Porto diz que Sampaio Pimentel mantém pelouros
A concelhia do CDS/Porto garantiu hoje o vereador Sampaio Pimentel vai manter os seus pelouros na Câmara do Porto e, para o efeito, conta com o apoio de todo o executivo.
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Política Concelhia
"Fica tudo tal e qual estava. Não há alteração [e Sampaio Pimentel] fica na câmara e com o total apoio da câmara", afirmou à Lusa o líder da concelhia centrista, segundo o qual "não há nenhuma cisão" dentro da autarquia e "o projeto está mais sólido do que nunca".
Pedro Moutinho esclarecia desta forma um comunicado do CDS/PP segundo a qual o partido garante que "mantém a "total confiança" no vereador Sampaio Pimentel e o "total apoio" ao presidente da Câmara do Porto.
A nota surge depois de várias notícias que indicavam a eventual retirada de pelouros, pelo autarca Rui Moreira, a Sampaio Pimentel, responsável pela Fiscalização e Proteção Civil na Câmara do Porto.
Contactado pela Lusa, o próprio vereador remeteu "todas as considerações" para o comunicado, com o qual diz estar "plenamente de acordo".
Questionado sobre se mantêm os pelouros na Câmara do Porto respondeu: "é claro".
"Face às notícias vindas a público na última semana envolvendo a governação da Câmara Municipal do Porto, entendemos ser oportuno esclarecer o seguinte: o CDS está empenhado na prossecução e execução escrupulosa do manifesto eleitoral do projeto O Nosso Partido é o Porto", refere o comunicado hoje divulgado pela comissão política concelhia.
No documento, os centristas assinalam que "decorrido um ano das eleições autárquicas, este executivo tem vindo a implementar de forma consistente o programa eleitoral, não estando a sua execução a defraudar a expectativa dos portuenses".
Acrescentam que o partido "mantém total confiança no vereador da Câmara Municipal do Porto, Manuel Sampaio Pimentel, congratulando-se pelo trabalho que tem vindo a fazer", tal como mantêm "total apoio ao presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira".
"Assim o CDS manter-se-á onde sempre esteve, na defesa dos primordiais interesses da Cidade do Porto, tudo fazendo para continuar a respeitar a vontade expressa pelos Portuenses na noite eleitoral", remata a concelhia liderada por Pedro Moutinho.
A edição de quinta-feira do jornal Público avançava que o presidente da Câmara do Porto podia retirar os pelouros a Sampaio Pimentel, que ocupou o número dois da lista do candidato independente.
Manuel Sampaio Pimentel manifestou em vários momentos divergências em relação a dossiês da autarquia, nomeadamente depois de classificar como "o grau zero da dignidade humana" as salas de chuto que o gabinete de Rui Moreira admitiu criar no âmbito de um programa de combate à toxicodependência.
As declarações de Pimentel foram publicadas pelo Jornal de Notícias a 12 de agosto, um dia depois de o vereador ter criticado na página do Facebook o novo diretor artístico do Teatro Rivoli, por se dar "ao desplante de criticar a política autárquica anterior quando existem dois vereadores [Sampaio Pimentel e Guilhermina Rego] do atual executivo que a viabilizaram convictamente".
O manifesto eleitoral de Moreira não abordava as salas de chuto, mas durante a campanha o independente afirmou querer "encontrar recursos" para reativar o programa Porto Feliz, uma das bandeiras eleitorais de Rui Rio (cuja maioria PSD/CDS Pimentel integrou entre 2005 e 2011).
No dia 13, o líder da distrital do CDS/Porto, Álvaro Castello-Branco, acusou de "arrogância" e "ignorância" o recém-nomeado diretor artístico do Teatro Rivoli, Tiago Guedes, por este fazer "considerações políticas" enquanto trabalhador "avençado da câmara".
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