Duane Eddy, que morreu em consequência de um cancro, "teve um enorme sucesso enquanto artista puramente instrumental nos anos 1950 e 1960" e foi uma peça importante na utilização da guitarra elétrica na música rock, escreveu hoje o jornal The New York Times.
Com uma técnica na guitarra através da qual as melodias saíam com um vibrato e uma reverberação à época incomuns -- que acabou caracterizada como "guitarra twangy" -, Duane Eddy gravou vários êxitos nos anos 1950, em particular com o músico e produtor Lee Hazlewood.
Sem saber ler pautas ou escrever música, Duane Eddy deixa temas como "Rebel-Rouser", "Cannonball" ou "Because They're Young" e entre os álbuns gravados consta um de versões de temas de Bob Dylan.
Nos anos 1980, Duane Eddy chegou a outras gerações de públicos quando o grupo britânico Art of Noise o convidou para tocar o tema "Peter Gunn", de Henry Mancini, do qual o guitarrista já tinha feito a sua própria versão em 1959.
A revista Rolling Stone lembra que Duane Eddy foi um ídolo para músicos como George Harrison, Jeff Beck ou Dan Auerbach, dos The Black Keys, com quem o guitarrista chegou a colaborar já em 2017.
Em 2023, o músico foi incluído na lista dos melhores guitarristas de todos os tempos pela revista Rolling Stone.
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