O antigo presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva acusou, esta sexta-feira, o Governo da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP) de "aldrabice", face ao setor da habitação, onde o Executivo prometeu duplicar a oferta face ao previsto pelo anterior Governo, do Partido Socialista (PS).
No Facebook, Santos Silva comentou uma "informação extraordinária" com que se cruzou, citando um título do semanário Expresso: 'Montenegro anuncia a duplicação da oferta de habitação face ao previsto pelo anterior Governo. As 26 mil novas habitações previstas no PRR vão passar a ser 59 mil até 2023'".
"Ora, só haveria 'duplicação do previsto' se as novas 33 mil casas estivessem concluídas em 2026, que é a data de referência do objetivo do anterior Governo", argumentou o antigo líder do Parlamento, questionando de seguida: "Ou a ideia seria que a construção de nova habitação em Portugal terminaria no fim de 2026, se acaso os socialistas permanecessem no poder?"
Para Santos Silva, "esta forma de comunicar, em que o atual Governo começa a ser useiro, tem, em bom português, um nome: aldrabice".
Também o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, se pronunciou sobre a construção de 59 mil casas até 2030 anunciada pelo Governo, argumentando que traduz "um recuo face aquilo que estava previsto" pelo Executivo anterior.
"As 26 mil casas eram financiadas pelo PRR a 100%, isso não quer dizer que eram as únicas casas financiadas pelo Estado. Aquilo que estava previsto na lei da nossa autoria, e que existe antes do PRR, já previa o financiamento da construção e reabilitação de casas para fazer face às necessidades de habitação com dignidade", indicou o dirigente socialista em declarações aos jornalistas, no Porto.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que a construção de 59 mil casas até 2030 hoje anunciada pelo Governo traduz "um recuo face aquilo que estava previsto" pelo executivo anterior.
Lusa | 20:09 - 13/09/2024
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