O antigo eurodeputado Vital Moreira saudou, na segunda-feira, a entrada de Portugal no rating A de "todas as principais agências de notação da dívida pública, com as inerentes vantagens desde logo quanto ao custo da dívida". Para o constitucionalista, este é "um justo prémio à prudente política orçamental dos governos socialistas desde 2015, que levou à atual situação de excedente orçamental".
No blogue Causa Nossa, Vital Moreira garantiu que defende "há muitos anos" o equilíbrio orçamental e a redução de dívida pública. "Apraz-me registar esta demonstração prática de que a prudência orçamental também é uma política de esquerda", escreveu o antigo eurodeputado.
Vital Moreira considerou que esta notícia é um "enorme êxito político", mas fez notar que "ainda há muito caminho a fazer para alcançar o objetivo da UE de redução da dívida pública para 60% do PIB".
O ex-eurodeputado salientou que "esta advertência é especialmente importante no atual contexto político-eleitoral, quando os partidos de direita em geral avançam com irresponsáveis promessas eleitorais de aumento da despesa pública e de redução drástica de impostos, que só podem resultar no regresso dos défices orçamentais e do aumento da dívida pública".
Recorde-se que a Standard&Poor's (S&P) subiu na sexta-feira o rating de Portugal de 'BBB+' para 'A-', passando a perspetiva para 'estável'.
A decisão da S&P coloca Portugal com notações de risco nos patamares "A" em todas as quatro principais agências de rating - S&P, Moody's, Fitch e DBRS-, pela primeira vez em 13 anos.
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