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"Há responsabilidade muito importante para Esquerda democrática Europeia"

O socialista Augusto Santos Silva falou sobre o "ano político muito importante" que culmina com as eleições europeias.

"Há responsabilidade muito importante para Esquerda democrática Europeia"
Notícias ao Minuto

12:41 - 07/09/23 por Notícias ao Minuto

Política Eleições Europeias

O socialista Augusto Santos Silva marcou presença, esta quinta-feira, na Academia Socialista, onde falou sobre as responsabilidades da Esquerda democrática na construção da União Europeia.

"Evidentemente que uma reflexão sobre a construção europeia não pode ignorar que este é um ano político muito importante para a União Europeia", afirmou, referindo-se às eleições europeias, que decorrem em junho do próximo ano.

"Para quem se situa na área política da Esquerda democrática, não é possível ignorar esse fato e as suas consequências", afirmou durante a rentrée do partido, que decorre até domingo em Évora. 

Santos Silva notou ainda que as perspectivas sobre este ato eleitoral podem ser de dois tipos. "Podemos privilegiar um enfoque de política interna, visto que as eleições europeias serão as segundas de um ciclo eleitoral que começará no próximo dia 24 de setembro, na Madeira, e terminará nas legislativas gerais do outono de 2026 ou podemo-nos situar numa perspectiva mais europeia", atirou.

"Eu vou situar-me nessa perspectiva mais europeia, portanto, se a sala quiser esvaziar-se", brincou, acrescentando que este ponto de vista mais europeu tinha consequências diretas "sobre a realidade nacional".

"Em primeiro lugar, porque o que é europeu é nacional. Em segundo lugar, porque o Partido Socialista tem hoje uma influência muito importante na sua família política europeia", referiu.

Santos Silva ressalvou ainda que a Esquerda democrática europeia tem uma grande responsabilidade. "Há uma responsabilidade muito importante para a Esquerda democrática europeia tendo em vista as próximas eleições europeias e o que se lhe seguirá", rematou.

E qual a política a seguir?

Durante a sua intervenção, Santos Silva defendeu que Esquerda democrática europeia deve "tornar inútil" uma eventual aliança entre o centro direita e a extrema-direita no Parlamento Europeu, em 2024.

"É um objetivo muito importante do ponto de vista político para a esquerda democrática europeia tornar inútil essa possível aliança, inutilizar a aliança política entre centro direita e extrema-direita. Porque nós não podemos permitir que haja uma maioria aritmética de votos no Parlamento Europeu entre Partido Popular Europeu (PPE) e os dois grupos de extrema-direita europeia. Porque sabemos que, se essa maioria existir, ela funcionará politicamente", sustentou.

Momentos mais tarde, em declarações aos jornalistas à margem desta intervenção, Santos Silva foi questionado sobre se as eleições europeias poderão ser um teste para o PS, tendo o socialista respondido que "as eleições europeias são um teste à representação europeia".

"As eleições europeias são tipicamente o que nós em ciência política chamamos de eleições de segunda ordem e, portanto, elas não representam um teste com significado para a política interna do ponto de vista institucional. Portanto, não são um teste nem para o PSD, nem para o PS, do ponto de vista da política interna e do seu ciclo institucional", afirmou.

Esse teste, continuou, "no que diz respeito ao Parlamento e, por consequência ao Governo, ocorrerá provavelmente em outubro ou setembro de 2026".

Entre os objetivos que Santos Silva considerou importantes que a esquerda democrática europeia tenha "claros no seu espírito" está o reforço do peso desta família política, de forma a reforçar a capacidade de influenciar o processo de decisão europeu "e pontuar a agenda política europeia".

Será também importante, continuou, que a esquerda democrática europeia preserve a "existência hegemónica" de famílias políticas pró União Europeia.

O presidente do parlamento realçou perante os jovens presentes na Academia Socialista a importância de existir uma relação de confiança e identificação entre os cidadãos e os partidos políticos e instituições democráticas.

"As pessoas que confiam em nós, que votam em nós - quer nós socialistas, quer nós instituições democráticas - têm que continuar a confiar em nós e a sentir-nos a nós como seus, e a eles como nossos", vincou.

Um dos temas que Santos Silva antevê como assunto nas eleições europeias de 2024 é a relação entre a agenda social e a ação climática, à qual a esquerda europeia democrática deve responder com a sua proposta de "articulação entre uma Europa social, crescimento da economia e a ação climática", defendendo uma transição ambiental sem afastar as pessoas.

[Notícia atualizada às 14h15]

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